Dólar encerra a semana em queda com influência do mercado internacional e dados econômicos dos EUA
A cotação à vista do dólar encerrou a jornada com uma desvalorização de 1,22%, cotada a R$5,6974.
- Data: 14/02/2025 18:02
- Alterado: 14/02/2025 18:02
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
No fechamento da última sexta-feira, a moeda norte-americana apresentou uma queda superior a 1% em relação ao real, estabelecendo um valor abaixo de R$5,70. Esse movimento está alinhado com a desvalorização da divisa americana no cenário externo, impulsionada pelo adiamento das tarifas recíprocas de importação anunciadas pelo governo Trump e pela divulgação de dados que revelaram uma retração nas vendas do varejo nos Estados Unidos durante o mês de janeiro.
Durante o encerramento das operações, uma pesquisa realizada pelo Datafolha, que apontou uma queda na avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, contribuiu para que o dólar atingisse novas mínimas. A cotação à vista do dólar encerrou a jornada com uma desvalorização de 1,22%, cotada a R$5,6974. Este é o menor patamar desde 7 de novembro de 2024, quando a moeda havia fechado a R$5,6759.
Na análise semanal, a divisa americana acumulou uma queda de 1,65%, marcando assim a sétima semana consecutiva de perdas em relação ao real. No acumulado do ano, a desvalorização chega a 7,79%. Às 17h10 na B3, o contrato futuro do dólar para março também refletiu esse movimento, cedendo 1,19% e sendo negociado a R$5,7080.
O governo Trump havia delineado um cronograma para implementar tarifas de reciprocidade sobre qualquer nação que impusesse impostos sobre produtos dos Estados Unidos. Contudo, como essas tarifas não foram aplicadas na quinta-feira anterior, o mercado interpretou essa ação como uma tentativa do presidente Trump de facilitar negociações comerciais com outras nações.
A expectativa mais branda sobre um aumento iminente das tarifas gerou uma pressão negativa sobre os rendimentos dos Treasuries e influenciou o valor do dólar globalmente. Segundo Fabrício Voigt, economista da Aware Investments, “com o tom menos agressivo de Trump e a compreensão dos riscos associados à guerra comercial, o mercado acredita que um cenário de tarifas elevadas pode não se concretizar tão rapidamente”.
A pressão sobre a moeda americana se intensificou ainda mais após o Departamento do Comércio dos EUA relatar que as vendas no varejo apresentaram uma queda de 0,9% em janeiro. Essa redução ocorreu após um aumento revisado para cima de 0,7% em dezembro. Economistas consultados previam uma queda menor, limitada a 0,1%.
No Brasil, os dados do Datafolha provocaram reações significativas no mercado financeiro. A pesquisa indicou que a aprovação do governo Lula caiu 11 pontos percentuais em dois meses, agora se situando em 24%, enquanto a reprovação aumentou para 41%. O número de entrevistados que avaliavam o governo como “ótimo ou bom” caiu de 35% para 24%, e aqueles que consideravam a gestão “ruim ou péssima” subiram de 34% para 41%. Por outro lado, os que classificaram o governo como “regular” variaram de 29% para 32%.
Após a divulgação desses resultados às 16h56, o dólar à vista alcançou um mínimo de R$5,6946 (-1,27%), mantendo-se próximo desse patamar até o fechamento das operações.
Profissionais consultados pela Reuters destacaram que a queda na aprovação pode ser interpretada como uma indicação de diminuição das chances de reeleição de Lula em 2026. O presidente é visto por muitos como incapaz de implementar os ajustes fiscais necessários. No entanto, um especialista ressaltou que ainda é prematuro especular sobre uma possível derrota nas próximas eleições.
Pela manhã do mesmo dia, o Banco Central realizou sua operação diária e vendeu 9.630 contratos de swap cambial tradicional visando rolar o vencimento programado para 5 de março de 2025.

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