Desabamento na Igreja de São Francisco de Assis em Salvador: tragédia e investigação
Teto da Igreja de São Francisco desaba, deixando uma jovem morta e seis feridos.
- Data: 06/02/2025 08:02
- Alterado: 06/02/2025 08:02
- Autor: Redação
- Fonte: Repórter Diário
Na tarde da última quarta-feira, 5, parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, uma das mais icônicas edificações do Centro Histórico de Salvador, desabou, resultando na morte trágica de Giulia Panchoni Righetto, uma jovem de 26 anos oriunda de Ribeirão Preto, São Paulo. Além dela, outras seis pessoas ficaram feridas, conforme informações preliminares do Corpo de Bombeiros da Bahia.
A Polícia Civil, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), anunciou a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias que levaram ao falecimento de Giulia. A turista estava visitando a igreja no momento em que o teto cedeu.
A Defesa Civil local relatou que o colapso ocorreu durante o horário de funcionamento da igreja, quando o espaço central estava aberto ao público e recebia fiéis.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e enviaram três viaturas ao local para prestar socorro às vítimas e realizar buscas entre os escombros. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve presente para atender os feridos. Segundo a Polícia Civil, todos os feridos apresentaram apenas lesões leves e não correm risco de morte. A nota oficial destaca que guias foram expedidas para o trabalho do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que realizará laudos periciais essenciais para esclarecer as causas do incidente.
A Igreja de São Francisco de Assis, conhecida popularmente como a “igreja de ouro“, foi erguida no início do século XVIII e é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo. Este monumento barroco é reconhecido pelo seu interior ricamente decorado com ouro e está tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A arquitetura da igreja é marcada por sua fachada adornada com esculturas e relevos que retratam frutos e folhagens, formando guirlandas. No interior, destacam-se azulejos portugueses que representam a cidade de Lisboa antes do devastador terremoto de 1755. Um pequeno museu anexo abriga exposições de peças sacras.
O imóvel integra um perímetro classificado como patrimônio mundial pela UNESCO, reconhecendo sua importância histórica e cultural.
Vale ressaltar que este não é o primeiro incidente desse tipo na região; no ano anterior, o antigo casarão do restaurante Colon, famoso por seu filé mal assado e mencionado em obras do autor Jorge Amado, desabou após mais de três anos interditado. Esta construção datava do século XIX.