Inadimplência e dívidas em atraso recuam no Grande ABC
Na passagem de janeiro para fevereiro, o número de inadimplentes caiu -4,05% e o número de dívidas da região da Grande ABC recuou ‐3,61%.
- Data: 26/03/2024 15:03
- Alterado: 26/03/2024 15:03
- Autor: Redação
- Fonte: Agência GABC
Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O número de inadimplentes residentes no Grande ABC caiu ‐4,05% na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, enquanto que o número de dívidas da região da Grande ABC recuou ‐3,61%. As informações são do estudo de inadimplência na região, realizado pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de São Caetano do Sul, com o apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC e dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) permitem maior previsibilidade e olhar estratégico nas finanças dos moradores na região.
Ainda sobre o número de inadimplentes, na passagem de janeiro para fevereiro, a variação foi de -0,96% na região Sudeste. O estudo, que fortalece as sete cidades no fornecimento de dados sobre a situação econômica dos moradores, mostra também que o número de devedores no ABC cresceu 6,79% em fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023. O dado ficou acima da média da região Sudeste (3,50%) e acima da média nacional (2,79%).
A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva em fevereiro foi o da faixa de 30 a 39 anos (25,11%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 50,39% mulheres e 49,61% homens. Além disso, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 5.428,57 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda revelam que 25,18% dos consumidores tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 37,49% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
O tempo médio de atraso dos devedores negativados é igual a 26,5 meses, sendo que 39,94% dos devedores possuem tempo de inadimplência de 1 a 3 anos. O setor com participação mais expressiva do número de dívidas em fevereiro no Grande ABC foi Bancos,com 71,55% do total de dívidas.
Já o número de dívidas em atraso de moradores cresceu 12,23%, em relação a fevereiro de 2023. O dado ficou acima da média da região Sudeste (7,40%) e acima da média nacional (6,32%). Na passagem de janeiro para fevereiro, o número de dívidas ‐3,61%. Na região Sudeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de ‐0,67%. No período, cada consumidor tinha em média 2,152 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Sudeste (2,140 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,105 dívidas para cada pessoa inadimplente).
Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Caetano do Sul, Alexandre Damásio, a constância da medição permite corrigir rotas. “A importância da medição de inadimplência e da constância é conseguir antever hábitos do consumidor e corrigir rotas. Desta vez destaco dois dados relevantes: a queda de mais de 4% de inadimplência em fevereiro e a diminuição de mais de 3,5% do volume de dívidas em atraso. O comportamento semelhante do mês de fevereiro também foi observado em 2022 e 2023, com quedas na casa dos 2%”, comenta Damásio, que alerta para o dado histórico de crescimento da inadimplência em março, por conta das compras de fim de ano.
Para o presidente da Agência, Aroaldo da Silva, a queda estimula setores da economia. “É importante a queda, pois estimula a economia e o comércio, mas seguimos com o compromisso de desenvolver uma educação financeira no ABC visando diminuir ainda mais essa situação e criar a cultura do crédito consciente”, destaca Silva, detalhando sobre o projeto do CDL com o apoio da Agência e outros atores para expandir a conscientização sobre o tema na região.