Márcio França assume o Governo do Estado de São Paulo
Em seu discurso de posse, França destacou que São Paulo, mais uma vez, contribuirá com soluções para o Brasil. Em entrevista, França aponta Alckmin como candidato do coração.
- Data: 07/04/2018 10:04
- Alterado: 07/04/2018 10:04
- Autor: Redação
- Fonte: SPGOV / Estadão Conteúdo
O governador Márcio França tomou posse nesta sexta-feira, 6, em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. França substitui Geraldo Alckmin, que governou o Estado desde 2011 e, anteriormente, de 2001 a 2006. Após assinar o termo de posse e fazer o juramento à Constituição, o governador discursou na tribuna de honra do Legislativo e ressaltou a tradição e a longa trajetória dos paulistas, que sempre contribuíram com o país nos momentos mais decisivos da história.
“O Brasil nunca pôde falar que de São Paulo não partiram as soluções para os seus problemas. Nesse instante, estou convicto que de São Paulo, mais uma vez, vão sair soluções importantes para o Brasil.”
Na sequência, Márcio França e a primeira-dama, Lúcia França, seguiram para o Palácio dos Bandeirantes, onde foram recebidos com honras militares. Na cerimônia na sede do governo paulista, o ex-governador Geraldo Alckmin saudou o governador destacando sua lealdade e dedicação ao desenvolvimento do Estado de São Paulo, e ressaltou que ainda há muito a entregar à população.
“Essa missão cabe agora às boas e competentes mãos do, a partir de hoje, governador Márcio França. Márcio foi um companheiro leal e presente em todos os momentos importantes deste meu governo, desde 2015. Continuará a ser. Sabe o que faz e, tenho certeza, fará um belo e grande trabalho”, afirmou Alckmin.
Depois de receber o pavilhão do Estado, simbolizando a transmissão do cargo, França voltou a discursar e exaltou a lealdade ao governador Geraldo Alckmin e ao seu legado. O governador destacou, ainda, que trabalhará para que todos possam ter as mesmas oportunidades, com igualdade e justiça.
“Que o futuro seja sempre melhor do que foi antes, que todos possam acreditar mais no que são do que no que têm. Que a lei sirva a todos e que não privilegie ninguém. Que as decisões mais importantes possam vir do voto do povo, que a tolerância e a generosidade possam vencer de novo. Que digam com orgulho que moram em uma pátria amada e gentil. Que não fujam da luta e que nunca desistam do Brasil”, disse França.
Por fim, o governador e a primeira-dama seguiram para o hall nobre do Palácio dos Bandeirantes, onde receberam os cumprimentos das pessoas que acompanharam o evento.
CONHEÇA O GOVERNADOR MÁRCIO FRANÇA
Márcio França iniciou sua carreira política como líder estudantil na Faculdade de Direito de Santos. É filiado ao PSB há 30 anos, tendo ocupado os cargos de presidente do PSB no Estado de São Paulo e secretário nacional do partido. Foi vereador em São Vicente por dois mandatos (1989-1996). Em 1997, foi eleito prefeito e iniciou um relevante trabalho social que tirou o município da posição de terceira cidade mais violenta do Estado. Incentivou o turismo, a geração de empregos, ampliou o transporte público e a rede de ensino. Em 2000, foi reeleito prefeito com 93,1% dos votos válidos.
Em 2007, iniciou o primeiro dos seus mandatos como deputado federal (2007 a 2014). Depois, foi convidado pelo governador Geraldo Alckmin a criar e assumir a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, onde implantou programas turísticos de acesso à população. Posteriormente, foi escolhido como vice na chapa de reeleição. Ambos foram eleitos no primeiro turno, com 12,2 milhões de votos.
ENTREVISTA: ‘Alckmin é o candidato do meu coração’, diz França
Com o apoio de uma coligação formada por 12 partidos, França tem pressa para colocar em prática ações que o projetem como opção ao eleitorado e lhe assegurem o ‘posto’ de candidato de Geraldo Alckmin. Abaixo, os principais trechos da entrevista:
É possível deixar uma marca?
Sei da limitação, mas acho que dá para fazer bastante coisa, especialmente porque sou herdeiro do orçamento Alckmin, que é superavitário. Não acho que o Estado tenha de guardar dinheiro. Tem que pagar suas contas, é claro, mas sobrar dinheiro em caixa pra quê? Gostaria de deixar uma marca na questão dos jovens.
O senhor já tem o apoio de 12 partidos. Quantos vão receber secretarias e até que ponto isso não vira loteamento?
Exatamente no padrão Covas, Alckmin. Hoje há seis partidos com secretarias no governo, mas tem escândalo?
O que conta?
A governabilidade. Agora não negociei secretaria com nenhum partido. Fechamos a coligação pela confiança na palavra. Todo mundo que é do ramo da política fala que o Márcio pode não estar forte hoje, mas vai ficar.
Há comentários de que o senhor, antes de assumir, já prometeu verba para asfalto no interior.
Como? Não tenho como firmar convênio antes. Mas eu fui prefeito e sei que a manutenção urbana está prejudicada. Os parlamentares têm emendas, tanto os estaduais como os municipais. Muitas não foram ainda colocadas. Eu vou pedir a eles que deem prioridade à manutenção urbana.
Uma eventual aliança com PCdoB e PDT daria a sua chapa uma característica esquerda?
Perto da posição de ultra direita do (Jair) Bolsonaro vou estar sempre à esquerda. Perto do dele, o Alckmin é esquerda.
Bolsonaro ameaça Alckmin?
Bolsonaro é um fenômeno, que tende a ser atraente. Mas no litoral, por exemplo, as pesquisas indicam dez a dez entre Bolsonaro e Alckmin
Mas isso não é ruim?
O eleitor à direita tende a se aproximar de quem é mais incisivo e esse não é o Alckmin. É o Bolsonaro, o Doria.
O eleitor do Bolsonaro é o eleitor do João Doria?
Não tenho a menor dúvida, pela aproximação da defesa da tese, a de que a bandeira do Brasil não é vermelha.
Vê alguma chance do Doria ser candidato à Presidência?
Quando alguém dá a palavra e não cumpre, nunca mais ninguém acredita.
Vai apoiar Joaquim Barbosa for candidato pelo seu partido?
Não senti ele convicto a ser candidato.
Mas o senhor se opõe?
Não é que eu me oponha, mas apoio o Alckmin. Existe o candidato do partido e do coração. Meu candidato do coração é o Geraldo Alckmin.
O candidato do coração do Alckmin é o senhor?
Não tenho a menor dúvida.
Por que o PSB não faz uma aliança formal com Alckmin?
Temos posições antagônicas.

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