Threads: Meta lança concorrente do Twitter

O Thread é a mais nova rede social da Meta que conta com uma experiência de uso bem parecida com o Twitter. Isso porque a proposta principal do app é o compartilhamento de posts e interações públicas em texto. O Threads foi anunciado na segunda-feira passada (03) com lançamento previsto apenas para a quinta-feira, mas foi antecipado e lançado oficialmente para o público na última quarta-feira (05). A plataforma está disponível para dispositivos Android e iOS em mais de 100 países.

O que é o Threads?

O Threads é um aplicativo desenvolvido pela equipe do Instagram com foco em postagens de textos com até 500 caracteres. Porém, a rede social também permite compartilhar links, fotos e vídeos de até 5 minutos. O feed do Threads mostra posts compartilhados por pessoas que o usuário segue e recomendações de conteúdos de outros criadores. As medidas de proteção e privacidade do app incluem: opções de controle sobre quem pode mencionar ou responder e funções para bloquear, restringir ou denunciar um perfil.

Segundo a apresentação da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, o “objetivo com o Threads é reunir o que o Instagram faz de melhor e expandir para o texto, criando um espaço positivo e criativo para que as pessoas expressem as suas ideias”.

Como utilizar o Threads?

O Threads pode ser baixado nas lojas de aplicativo App Store da Apple e Play Store do Google. Outra forma de acessar o app destacada pela Meta é através do próprio Instagram. Nele, basta clicar nas três linhas no canto superior do perfil e depois novamente em “Threads” logo abaixo das configurações. O login na rede social é realizado com um conta do Instagram, sendo possível “importar” as informações, como o nome de usuário, a foto de perfil, as contas seguidas e até mesmo a verificação, se houver. Também existe a possibilidade de configurar o seu perfil como público ou privado, assim como outras opções para personalizar apenas no Threads.

Ao entrar no app, o usuário encontra o feed de postagens não cronológico. Com uma interface semelhante ao Twitter, as interações nos posts são exibidas logo abaixo deles. As publicações possuem botões (esses iguais ao Instagram) para curtir, responder, republicar ou citar e compartilhar. A Meta ainda permite compartilhar os posts do Threads nos stories do Instagram. Além disso, os links das publicações podem ser compartilhados em outras plataformas.

No menu inferior, além do ícone da página inicial, estão os ícones para a área de pesquisa, nova thread (nova publicação), atividades (solicitações para seguir, respostas e menções) e perfil. A área de perfil é dividida em duas colunas com as threads publicadas e as respostas. As demais características desse espaço são muito parecidas com o Instagram, como as informações na bio, os dois botões para editar e compartilhar o perfil, a foto e as linhas no canto superior direito para acessar as configurações.

O Threads ainda não conta com uma área de assuntos do momento como os trending topics do Twitter. Mas no anúncio da plataforma, a Meta afirma que em breve vai “adicionar uma série de novos recursos para ajudar você a continuar descobrindo outras conversas e criadores de conteúdo que te interessem, incluindo recomendações aprimoradas no feed e uma versão mais desenvolvida da função de busca, que vai facilitar o acompanhamento de temas e trends em tempo real”.

A concorrência entre o Threads e o Twitter

O lançamento do Threads corresponde justamente a mais um momento complicado para o Twitter. As polêmicas mais recentes sobre os limites na visualização de tweets ocorreram poucos dias antes do lançamento. Após ser adquirida por Elon Musk, a plataforma já passou por uma série de mudanças que desagradaram os seus usuários e iniciou uma busca por alternativas. Outros concorrentes foram apresentados como opções, chamaram a atenção do público e ganharam alguns usuários, como o Koo e o Bluesky (ainda não lançado oficialmente).

No entanto, o Threads possui o potencial para tonar-se um rival a altura do Twitter. A nova rede social já conquistou 100 milhões de usuários em menos de uma semana e causou reações de representantes do próprio Twitter com ameaças de processo. O advogado da Twitter, Alex Spiro, enviou uma carta a Mark Zuckerberg, CEO da Meta, com acusações de que a empresa estaria envolvida em “apropriação indevida sistemática, intencional e ilegal dos segredos comerciais do Twitter e outras propriedades intelectuais”.

Na carta, o advogado afirma que a Meta teria contratado ex-funcionários que “tinham e continuam tendo acesso aos segredos comerciais do Twitter e outras informações altamente confidenciais”. Na sua rede, Elon Musk comentou “Competir é bom, trapaça não” em um tweet com a notícia sobre a ameaça de processo e a carta de Alex Spiro. Em resposta, a Meta negou as acusações.

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Autor: Érica Oliveira/Plataformanet Fonte: Meta, Olhar Digital, TechTudo, TecMundo