SP intensifica esforços na prevenção ao uso abusivo de álcool e drogas
Município conta com a ferramenta digital ModeraSP e mais de cem Centros de Atendimento Psicossocial espalhados pela cidade
- Data: 19/02/2025 15:02
- Alterado: 19/02/2025 15:02
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo tem se comprometido a oferecer suporte a indivíduos enfrentando dificuldades relacionadas ao uso de álcool e drogas, além de suas famílias. Essa ação é acompanhada de iniciativas focadas na prevenção desses problemas, destacando-se a ferramenta digital ModeraSP.
Integrada ao aplicativo municipal e-saúdeSP, a ModeraSP busca conscientizar a população sobre os riscos associados ao consumo excessivo de álcool. Desde sua implementação, mais de 50 mil usuários já se beneficiaram desse recurso, que serve como um importante apoio para as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
O principal objetivo da ferramenta é promover orientações que estimulem mudanças comportamentais em relação ao consumo de álcool. Além disso, a ModeraSP tem a capacidade de identificar casos em situação de risco elevado e encaminhá-los para tratamento na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) da cidade.
Ao acessar o e-saúdeSP, o usuário inicia sua interação com a ModeraSP respondendo ao “Alcohol Use Disorders Identification Test” (Audit), um questionário desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Através de até dez respostas, a ferramenta atribui uma pontuação que classifica o padrão de consumo em quatro categorias: Baixo Risco, Risco Moderado, Alto Risco e Possível Dependência.
Após essa avaliação, o sistema sugere um “Plano de Mudança”, promovendo reflexões sobre a possibilidade de redução ou interrupção do consumo alcoólico. Durante esta fase, os usuários têm acesso a vídeos motivacionais, quizzes informativos sobre mitos relacionados ao álcool, exercícios respiratórios e um “Diário de Consumo” que pode ser modificado e monitorado semanalmente.
A biblioteca disponível dentro da plataforma contém informações sobre receitas sem álcool, impactos do consumo à saúde, custos associados e vídeos com conselhos de especialistas. Além disso, orienta o usuário a encontrar ajuda especializada por meio do site da Prefeitura.
Quando a ferramenta identifica que um usuário está na categoria de possível dependência (zona 4), as Unidades Básicas de Saúde são alertadas para realizar uma busca ativa e oferecer acolhimento médico e multidisciplinar. Este acompanhamento pode incluir diagnósticos, intervenções individuais ou coletivas e encaminhamentos para os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).
Em consonância com essas ações, o dia 20 de fevereiro é designado como o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. De acordo com dados do inquérito Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) realizado em 2023, 20% da população acima dos 18 anos na capital paulista apresenta consumo abusivo de álcool.
A saúde mental das pessoas lidando com questões relacionadas ao uso excessivo dessas substâncias é tratada através da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), que promove estratégias voltadas à redução de danos. Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) especializados funcionam em regime aberto, garantindo acolhimento imediato sem necessidade prévia de agendamento.
Um exemplo é o Caps Álcool e Drogas (AD) III Paraisópolis. Um dos usuários desse centro, identificado como Bruno (nome fictício), compartilhou sua experiência no tratamento iniciado em 2022: “O centro foi fundamental no meu processo. Eu estava passando por um momento delicado em relação ao abuso de substâncias. Graças ao acolhimento que recebi aqui, consegui me reerguer e retomar minha vida profissional com sobriedade após períodos intensivos de tratamento”.
Bruno destaca a importância da continuidade do tratamento: “Ainda frequento o Caps para garantir minha recuperação. É uma luta diária, mas tenho apoio constante”.
A gestora do Caps AD III Paraisópolis, Tatiana Helena Silva, enfatiza que o serviço está sempre disponível para aqueles que buscam ajuda espontaneamente ou por encaminhamento. Ela ressalta os desafios enfrentados pelos usuários devido à ligação entre o uso de substâncias e questões culturais ou comportamentais que dificultam a adesão aos tratamentos.
Atualmente, São Paulo possui 103 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), distribuídos em 34 unidades para a população infantojuvenil (IJ), 34 para adultos e 35 especializados em álcool e drogas (AD). Essas unidades são essenciais para proporcionar cuidado contínuo àqueles que sofrem com o uso prejudicial dessas substâncias.

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