SindHosp alerta serviços de saúde para a Varíola dos Macacos
O comunicado alerta que todos os profissionais de saúde que atuam em qualquer tipo de serviço e nível assistencial devem estar atentos aos pacientes
- Data: 10/06/2022 14:06
- Alterado: 10/06/2022 14:06
- Autor: Redação
- Fonte: SindHosp
Crédito:Brian W.J. Mahy
Objetivando o controle e identificação da Varíola dos Macacos, já com 1 caso confirmado na capital paulista e 8 suspeitos no país, o SindHosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo está alertando os 51 mil serviços de saúde privados representados para a nova doença.
A entidade está emitindo um e-mail marketing para hospitais, clínicas e laboratórios privados bem como oferecendo informações em seu site, que reproduzem orientações da nota técnica da Anvisa.
Segundo o médico Francisco Balestrin, as doenças respiratórias comuns no inverno, a Covid e agora a Varíola dos Macacos podem confundir os profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento. “Precisamos disseminar rapidamente a nota técnica da Anvisa a fim de preparar todo o sistema de saúde para mais essa nova doença”, alerta o presidente. Além disso, torna-se imprescindível a notificação às autoridades sanitárias para o controle epidemiológico do vírus.
Para Balestrin, é importante que os gestores mantenham a equipe informada sobre a doença, seus sintomas e adotem medidas protetivas, bem como um plano de contingência contendo ações estratégicas para o enfrentamento de possíveis casos.
O comunicado do SindHosp alerta que todos os profissionais de saúde que atuam em qualquer tipo de serviço e nível assistencial devem estar atentos aos pacientes que apresentam erupção cutânea aguda que progride em estágios sequenciais de máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas que são frequentemente associadas a febre, adenopatia e mialgia.
Sobre o manejo
O alerta informa que deve ser estabelecido manejo dos casos para evitar a transmissão nosocomial, com fluxo adequado da triagem para as salas de isolamento (em qualquer nível de atenção), evitando contato com outros pacientes em salas de espera ou quartos e com pacientes internados por outros motivos.
Durante a assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação da doença, deve-se implementar as precauções padrão, com as precauções para contato, gotículas e aerossóis.
A acomodação dos casos suspeitos ou confirmados deve ser realizada, preferencialmente, em quarto privativo com porta fechada e bem ventilado (ar-condicionado que garanta a exaustão adequada ou janelas abertas). Deve-se reduzir a circulação de pacientes e profissionais ao mínimo possível. Recomenda-se a suspensão de visitas.
A notificação
Os casos suspeitos, incluindo trabalhadores da saúde, devem ser imediatamente notificados ao Ministério da Saúde. E deve-se iniciar imediatamente o rastreamento e a identificação de contatos, a fim de estabelecer medidas necessárias para prevenção da disseminação do vírus.
29 países e mais de mil casos confirmados
A OMS informa que são mais de mil casos confirmados da Varíola dos Macacos em 29 países concentrando-se na Europa onde a doença não é endêmica. No continente africano, a doença já é endêmica e atinge 1.400 casos. A OMS recomenda os países a aumentar suas medidas de vigilância sanitária para “identificar todos os casos e os casos de contato para controlar esse surto e prevenir o contágio”.