Professores precisam de cuidados para manter a qualidade da voz
Especialistas alertam sobre os riscos do uso excessivo da voz e destacam a importância da prevenção para evitar problemas vocais.
- Data: 13/02/2025 15:02
- Alterado: 13/02/2025 15:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
Crédito:Divulgação
Desde a última semana de janeiro, muitos professores já retornaram para as salas de aula com o início do novo ano letivo. E para manter a voz em perfeitas condições, já que ela é um dos principais instrumentos de trabalho, é necessário ficarem atentos com alguns cuidados.
Por conta do uso diário e contínuo da fala, alguns problemas nas cordas vocais podem ocorrer, conforme alerta o otorrinolaringologista Thiago Brunelli, do Hospital Santa Casa de Mauá. “A voz é muito importante para a comunicação e, no caso dos professores, ela precisa de cuidados especiais. Esses profissionais devem buscar tratamentos preventivos e adotar algumas mudanças de hábitos, pois as cordas vocais são as primeiras a apresentarem cansaço e desgaste”, explica o especialista.
Por isso, os professores precisam evitar forçar a voz, gritar, pigarrear, falar por muito tempo, não fumar, evitar bebidas alcoólicas, café, chocolate e derivados.
Entre os sintomas mais comuns que acometem os mestres estão a disfonia e a rouquidão. O primeiro se caracteriza pela dificuldade na emissão da voz, podendo ser leve ou extrema e causar a perda parcial ou total da voz. O outro é uma condição disfônica. Além do esforço, ambos também podem ser consequências de infecções virais das vias aéreas superiores, laringite, refluxo gastroesofágico, nódulo vocal, pólipos, cistos e Edema de Reinke.
Se os sintomas de uma disfonia ou rouquidão persistirem por mais de 15 dias, é importante buscar ajuda médica e jamais se automedicar. O uso de receitas caseiras, pastilhas, sprays e gargarejos deve ser evitado para não agravar ou mascarar problemas mais graves.
O diagnóstico deve ser feito por um médico otorrinolaringologista, o qual fará um exame clínico e solicitará outros específicos, como nasofibroscopia, laringoscopia direta ou indireta e videoestroboscopia. Os tratamentos, em todos os casos, podem envolver medicamentos, reeducação da voz e cirurgias.
Para garantir uma boa saúde vocal, é recomendado consultar periodicamente um otorrinolaringologista para uma avaliação, indicação de exames, terapia fonoaudiológica e de cuidados como beber bastante água em temperatura ambiente ao longo do dia, realizar exercícios vocais antes do início das aulas, ter momentos de repouso e coordenar a respiração com a fala.
“Fique atento à sua voz e caso perceba alguma alteração sem melhoras, procure um otorrinolaringologista. As patologias quando diagnosticadas no início têm grandes chances de cura”, ressalta o médico Thiago Brunelli.