Operação Heinsenberg: maior químico da metanfetamina de SP abre o jogo e cita policiais
Ortiz, cuja história lembra a do personagem Walter White da série Breaking Bad, foi detido pela Polícia Civil em janeiro deste ano.
- Data: 21/03/2025 23:03
- Alterado: 21/03/2025 23:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Polícia Civil de SP
Guillermo Fabian Ortiz, um engenheiro químico preso na Operação Heisenberg, revelou detalhes sobre sua suposta participação em um esquema de desvio de drogas apreendidas, que seriam posteriormente revendidas. A operação, deflagrada em dezembro de 2024, mira o tráfico de metanfetamina por organizações criminosas formadas por brasileiros e estrangeiros na capital paulista.
Ortiz, cuja história lembra a do personagem Walter White da série Breaking Bad, foi detido pela Polícia Civil em janeiro deste ano. Ele é acusado de utilizar seu conhecimento avançado em química, adquirido durante sua experiência na estatal petrolífera mexicana Pemex, para produzir metanfetamina destinada a gangues chinesas no centro de São Paulo. O engenheiro teria contribuído para a queda dos preços da droga nas ruas da cidade devido à alta produção.
Recentemente, Ortiz foi condenado a cinco anos de prisão em um dos processos relacionados ao tráfico. Contudo, ele também enfrenta outras acusações no âmbito da Operação Heisenberg, que ainda estão pendentes de julgamento. Durante sua captura, o mexicano estava foragido e foi localizado nas proximidades de seu apartamento no bairro de Higienópolis, onde foram encontradas drogas.
No depoimento que precedeu sua condenação, Ortiz alegou não ser traficante e afirmou que residia no Brasil desde 2019. Segundo ele, foi cooptado por policiais civis corruptos que o usaram como isca para prender indivíduos ligados ao tráfico, incluindo outros estrangeiros. Ele denunciou um esquema complexo envolvendo a substituição de drogas apreendidas por sal antes da revenda para traficantes.
Entre os nomes citados pelo engenheiro estão agentes da polícia como “Gimenez”, do 77º Distrito Policial, e outros conhecidos como “Magu” e “Romário”. O chefe do 77º DP, Cléber Rodrigues Gimenez, foi preso sob suspeita de desviar cargas de drogas apreendidas em operações fraudulentas.
O depoimento de Ortiz foi enviado à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo. Apesar das suas alegações de inocência, existem evidências substanciais contra ele, incluindo centenas de mensagens apreendidas em seus dispositivos móveis e os de associados chineses relacionadas ao envio e preparo de entorpecentes.
A investigação que culminou na prisão do engenheiro não se originou do 1º Cerco da Capital, onde atuavam alguns dos policiais citados por Ortiz. Em vez disso, foi resultado do trabalho meticuloso do Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc), que mobilizou mais de 100 policiais na operação Heisenberg para desmantelar uma rede complexa e perigosa de tráfico.

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