Operação da Polícia Civil investiga influenciadores por incêndio florestal
Rifas irregulares também estão sob análise
- Data: 14/03/2025 09:03
- Alterado: 14/03/2025 09:03
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), deu início a uma operação nesta sexta-feira, dia 14, visando responsabilizar os envolvidos em um incêndio florestal que destruiu aproximadamente 45 mil metros quadrados de Mata Atlântica na Prainha, localizada na Zona Oeste da cidade. Esta área é reconhecida por sua importância ambiental e o incidente é considerado grave.
As autoridades realizaram buscas e apreensões com base em quatro mandados judiciais. As investigações revelaram que os influenciadores digitais Luiz Fernando Faria Rocha, conhecido como Nando Rocha, e Wesley Silva Nascimento, chamado de Raio Motoboy, estavam promovendo uma rifa de uma motocicleta em um vídeo gravado na Avenida Estado da Guanabara no dia 11 de março.
Além do crime ambiental relacionado ao incêndio, as autoridades estão averiguando a legalidade da atividade de rifa promovida pela dupla. O terceiro envolvido na ação é João Vitor Santana Dias, enquanto um quarto homem também está sob investigação.
Durante a operação, um dos locais de busca foi um endereço em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, onde a equipe policial localizou a motocicleta anunciada na rifa.
No clipe divulgado por Nando e Raio, foram lançados rojões em direção à vegetação nativa, resultando no incêndio que consumiu parte significativa da mata e provocou a morte de animais silvestres, incluindo uma cobra. Após perceberem as chamas, os influenciadores deixaram o local sem alertar as autoridades competentes.
O Inea comunicou a situação à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que iniciou as investigações. Em uma ação colaborativa entre policiais e fiscais ambientais, os influenciadores foram identificados como suspeitos. Posteriormente, o inquérito foi dividido e a Delegacia do Consumidor passou a investigar possíveis associações criminosas relacionadas à exploração ilegal de loterias e crimes contra a economia popular.
O delegado André Prates afirmou que o Inea coletou informações que sugeriam um possível incêndio criminoso. “Em menos de 24 horas solicitamos ao Plantão Judiciário a autorização para as buscas, que foi aprovada“, destacou Prates.
Adicionalmente, o delegado alertou que todas as rifas realizadas sem autorização do Ministério da Fazenda são ilegais. “As rifas devem ser autorizadas e devem ter fins beneficentes, o que não é o caso aqui; eles visam apenas lucro”, afirmou.
Até o momento, a equipe de reportagem não obteve resposta dos investigados sobre as acusações que lhes são atribuídas.
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