NR-1: o que é e qual seu impacto no acompanhamento psicológico
A partir do dia 26 de maio, as empresas brasileiras terão que incluir a avaliação de riscos psicossociais no processo de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST)
- Data: 21/03/2025 14:03
- Alterado: 21/03/2025 14:03
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
A partir de 26 de maio de 2025, as empresas brasileiras terão um novo desafio na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST): a inclusão da avaliação de riscos psicossociais no ambiente corporativo. Essa mudança faz parte da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em agosto de 2024, e reforça a necessidade de acompanhamento psicológico dos colaboradores. Com isso, temas como saúde mental, estresse ocupacional e esgotamento emocional passam a ser tratados com mais seriedade dentro das organizações.
Os impactos desta exigência são evidentes quando olhamos para os dados. Segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países com mais casos de Burnout, afetando cerca de 30% dos trabalhadores. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os transtornos mentais já são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no país. Diante desse cenário, a NR-1 surge como um mecanismo essencial para que as empresas passem a atuar de forma mais proativa na prevenção do adoecimento mental de seus funcionários.
A psicóloga Jacqueline Sampaio, fundadora da Clínica Jacqueline Sampaio Mental Health e especialista em Gestalt Terapia e Burnout, destaca que a nova regulamentação não apenas reforça práticas que já vinham sendo adotadas por algumas empresas, mas amplia a responsabilidade dos empregadores sobre a saúde emocional de seus colaboradores. “A NR-1 não se trata apenas de uma obrigação legal, mas de uma mudança de mentalidade dentro das organizações. As empresas que investirem em um acompanhamento psicológico estruturado e estratégias eficazes de prevenção ao estresse ocupacional colherão benefícios diretos, como maior produtividade, redução de afastamentos e um ambiente de trabalho mais saudável”, explica Jacqueline.
Além do impacto direto na saúde e no bem-estar dos funcionários, a implementação da avaliação de riscos psicossociais também pode influenciar a retenção de talentos e a cultura organizacional. Empresas que promovem qualidade de vida e apoio psicológico tendem a ser mais valorizadas pelos profissionais, resultando em maior engajamento e satisfação no trabalho. Criar um espaço seguro para que os colaboradores falem sobre suas dificuldades e tenham suporte emocional pode ser um diferencial competitivo.
Com a obrigatoriedade da NR-1, torna-se fundamental que empresas busquem capacitação e especialistas para estruturar programas de acompanhamento psicológico dentro do ambiente corporativo. O equilíbrio entre vida profissional e saúde mental dos colaboradores deve ser uma prioridade, não apenas para cumprir as exigências legais, mas para garantir um futuro sustentável e produtivo para as organizações.

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