Greve de ônibus em São Paulo termina após determinação da Justiça
Além de declarar abusiva, o relator do processo, o Desembargador Davi Furtado, determinou a volta imediata ao trabalho
- Data: 29/06/2022 20:06
- Alterado: 29/06/2022 20:06
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Crédito:SPTrans
O Tribunal Regional do Trabalho da segunda região, em São Paulo, julgou abusiva a greve dos motoristas e cobradores que interrompeu a circulação de mais de 6 mil ônibus na capital paulista e afetou cerca de 2,5 milhões de pessoas ao longo do dia. A estimativa é da SPTrans.
Além de declarar abusiva, o relator do processo, o Desembargador Davi Furtado, determinou a volta imediata ao trabalho, autorizou o corte de ponto e o pagamento de R$ 100 mil de multa pelas paralisações do dia 14 de junho e dessa quarta-feira (29).
A greve dessa quarta-feira (29) foi a segunda paralisação em uma semana. Na quarta-feira da semana passada, praticamente todos os ônibus da chamada articulação regional pararam de circular por quase 15 horas e apenas as vans e micro-ônibus, responsáveis pelo transporte local, seguiram rodando. A situação se repetiu nessa quarta-feira.
O entendimento do desembargador é de que o sindicato que representa a categoria, o Sindmotoristas, desrespeitou a liminar da justiça que determinava a circulação de uma frota mínima de 80% dos carros em horário de pico e 60% nos outros horários.
O valor das multas deve ser revertido para entidades que atendem pessoas em situação de rua, entre elas a do padre Júlio Lancelotti.
Com a decisão, motoristas e cobradores decidiram em assembleia encerrar a greve e voltar ao trabalho.
Na semana passada, a categoria já tinha garantido um reajuste de 12,47% nos salários e tíquete refeição, mas queriam também a retorno do pagamento da PLR, a Participação nos Lucros e Resultados, interrompido com a pandemia de coronavírus, e o direito a hora de almoço remunerada.
Nos próximos dias a prefeitura de São Paulo deve decidir se aumenta o valor dos subsídios pagos às empresas de ônibus para compensar os custos maiores com o óleo-diesel e reajuste de salários, ou, se aumenta a tarifa.