Entidades cobram combate ao assédio e melhorias no Saúde Caixa
Representantes dos empregados entregam abaixo-assinado com 24 mil assinaturas e discutem soluções com a diretoria do banco
- Data: 25/03/2025 16:03
- Alterado: 25/03/2025 16:03
- Autor: Redação
- Fonte: Fenae
Dirigentes de entidades representativas dos empregados da Caixa Econômica Federal reforçaram a cobrança por medidas para combater o assédio moral no banco e pela adoção de medidas para melhorar o atendimento do Saúde Caixa. Em reunião com os vice-presidentes de Pessoas e de Rede, nesta terça (25), eles ressaltaram a recorrência dos problemas e a falta de soluções, o que tem gerado insatisfação entre os trabalhadores.
Um abaixo-assinado em defesa do Saúde Caixa, com quase 24 mil assinaturas, foi entregue no encontro. Os usuários do plano de saúde reivindicam, entre outras medidas, estrutura adequada para as Gipes e a instalação dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamento. Reivindicam também a contenção dos aumentos das mensalidades do plano de saúde.
Cobranças por melhorias e combate ao assédio
Participaram da reunião, representando os empregados, Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae); Rafael de Castro, coordenador da CEE e diretor da Fenae e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT); e Fabiana Uehara Proscholdt, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.
Eles foram recebidos pelos vice-presidentes, Francisco Egídio Pelúcio Martins (VP de Pessoas) e Adriano Assis Matias (VP de Redes), além do diretor de Pessoas, Sidney Soares Filho.
“O vice-presidente Francisco Egídio ficou de analisar nossas propostas e nossas reivindicações de melhorias no plano, do atendimento aos usuários e da criação dos comitês de credenciamento e descredenciamento. Foi uma reunião muito importante para tratar não só do Saúde Caixa, mas também das denúncias de assédio moral, que está permeando as relações de trabalho dentro das unidades do banco”, ressaltou Sergio Takemoto.
Para o coordenador da CEE, a reunião marca a abertura de um espaço de diálogo para tratar das reivindicações de melhorias das condições de trabalho no banco. “Infelizmente, o assédio moral é uma questão que permanece em nossa pauta. Na reunião, tratamos com os vice-presidentes de questões como TDV (Time de Vendas), ranqueamento individual e a divulgação de rankings, o que contraria nosso acordo. Queremos que esse diálogo seja permanente para debater e cobrar soluções por parte da Caixa”, disse Rafael de Castro.
Impactos das metas e cobranças abusivas
Na reunião, os representantes dos empregados abordaram o impacto do resultado da atuação/desempenho dos correspondentes que afetam o TDV das unidades, além da necessidade de revisar questões da sua mensuração. “Seria pertinente que o TDV, que é um índice semestral, sofra adequações para períodos de férias dos trabalhadores, porque quando o empregado sai de férias, precisa cumprir em cinco meses a meta estabelecida para o período de seis meses”, explicou o coordenador da CEE.
Outro aspecto abordado junto ao VP é a necessidade de uma orientação que aborde as cobranças excessivas, de hora em hora, por resultados. Este tipo de cobrança gera enorme desgaste nos empregados e é um grande fator de adoecimento da categoria.
A conselheira eleita, Fabiana Uehara, destaca que tem acompanhado as denúncias que recebe sobre assédio e levado à direção do banco. “Não podemos admitir que práticas como ranking e a divulgação dos resultados, como forma de constrangimento, continuem acontecendo na Caixa”.
Fabiana Uehara solicitou informações atualizadas sobre adoecimento no banco. “Precisamos dos números e das causas do adoecimento das empregadas e empregados”, acrescentou a conselheira.
Na semana passada, a Contraf-CUT enviou ofício à direção do banco pedindo explicações sobre cobranças abusivas de metas e assédio moral.
“Reforçamos aos empregados que aproveitem o espaço aberto pelo diálogo de hoje para que possamos levar esses e outros pontos que não tenham sido abordados. Encaminhe sua demanda de forma privada pelas redes sociais ou via e-mail para [email protected]”, complementou o coordenador da CEE.

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