Edmundo González Reafirma Liderança e Convoca Militares contra Maduro

Edmundo González reafirma compromisso como presidente da Venezuela e convoca militares a desobedecer ordens ilegais de Maduro em vídeo impactante.

  • Data: 10/01/2025 23:01
  • Alterado: 10/01/2025 23:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Edmundo González Reafirma Liderança e Convoca Militares contra Maduro

Crédito:Reprodução/X

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O ex-diplomata Edmundo González, amplamente reconhecido no ocidente como o legítimo presidente eleito da Venezuela, divulgou nesta sexta-feira (10) uma mensagem contundente, onde reafirma seu compromisso em assumir a presidência, em um vídeo gravado do exterior.

“Na qualidade de comandante das Forças Armadas, ordeno aos líderes militares que desconsiderem ordens ilegais provenientes daqueles que usurparam o poder e que preparem minha segurança para a transição ao cargo de presidente da República”, declarou González.

De acordo com a Constituição venezuelana, o presidente é também o comandante supremo das Forças Armadas. Nas eleições de 28 de julho, contestadas pelo regime de Nicolás Maduro e denunciadas como fraudulentas, González e sua coalizão, liderada por María Corina Machado, alegam ter obtido mais de 60% dos votos populares. Vários projetos internacionais de verificação corroboraram essa reivindicação.

A declaração de González ocorre logo após a posse de Nicolás Maduro em Caracas, evento que teve baixa presença internacional e foi marcado pela participação significativa das forças de segurança do país, as mesmas que González convoca a se rebelarem.

González havia afirmado que retornaria à Venezuela na mesma data para ser empossado, mas agora justifica sua decisão de não comparecer devido ao fechamento das fronteiras e à ativação de aviões militares pelo regime, o que colocava em risco sua segurança. Ele acrescentou que o governo pretendia tratá-lo da mesma forma que fez com María Corina no dia anterior.

No dia 9 de agosto, a ex-deputada relatou ter sido detida temporariamente pelo governo, uma afirmação que foi negada pela ditadura.

“Continuo trabalhando nas condições para assumir a presidência na Venezuela; sou a voz de quase 8 milhões de venezuelanos dentro do país e de muitos outros que foram impedidos de votar no exterior”, afirmou o opositor, que competiu nas eleições contra Maduro.

González criticou Maduro duramente, alegando: “Hoje ele violou a Constituição e a vontade soberana do povo venezuelano. Ele consumou um golpe de Estado e se autoproclamou ditador. Nenhum governo democrático o reconhece, exceto aqueles ditadores aliados como os de Cuba, Congo e Nicarágua.”

Poucas horas antes da publicação do vídeo, María Corina compartilhou uma mensagem semelhante nas redes sociais, onde expôs sua versão dos acontecimentos recentes e revelou ter aconselhado González a não retornar ao país naquele dia.

“Fui brutalmente retirada da moto e colocada em outra sob a vigilância de dois homens”, descreveu ela. “Assim agem: atacam uma mulher por trás, repentinamente”, continuou.

A respeito do regime e da cerimônia ocorrida naquela sexta-feira, María Corina afirmou: “Maduro consolida hoje um golpe de Estado. Eles cruzaram a linha vermelha que caracteriza a violação constitucional.”

González expressou sua gratidão aos países que o apoiam e reconhecem como presidente eleito — incluindo Estados Unidos e Argentina — além de mencionar especificamente Israel, que também formalizou seu reconhecimento na mesma data. A chancelaria israelense afirmou que Edmundo González venceu com ampla maioria e exigiu que Nicolás Maduro respeite a vontade popular.

Ainda não há sinais claros sobre um possível rompimento nas forças armadas da Venezuela conforme solicitado por González. As forças de segurança permanecem como um dos pilares fundamentais do regime atual, fortalecidas durante o governo de Hugo Chávez.

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  • Data: 10/01/2025 11:01
  • Alterado:10/01/2025 23:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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