Clubhouse: a nova rede social do momento

Entenda o que é e como funciona o Clubhouse

  • Data: 16/02/2021 09:02
  • Alterado: 16/02/2021 09:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Érica Oliveira/Plataformanet - TechTudo, Tecnoblog
Clubhouse: a nova rede social do momento

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O Clubhouse é a nova rede social baseada em conversas por áudio que vem ganhando popularidade e conquistando usuários famosos, como Mark Zuckerberg, fundador do Facebook; Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX; Oprah Winffrey; Anitta; Luciano Huck; entre outras celebridades internacionais e nacionais. Disponível apenas para iPhone (iOS), o Clubhouse ainda está em versão beta de testes, sem previsão de lançamento para dispositivos Android. A rede social foi fundada em 2020 por Paul Davison e Rohan Seth, empresários do Vale do Silício. Em maio de 2020, a empresa estava avaliada em 100 milhões de dólares, atualmente, o seu valor é avaliado em 1 bilhão de dólares. O Clubhouse conta com mais de 2 milhões de usuários ativos por semana e alcançou a marca de 3 milhões de downloads em janeiro de 2021.

Como o Clubhouse funciona?

O Clubhouse permite apenas interações por áudio na plataforma. Essas interações na rede social funcionam através de conversas em grupo iniciadas em clubes e salas abertas pelos usuários. Para realizar o cadastro e acessar a plataforma, é necessário utilizar um convite enviado por uma pessoa que já esteja usando o Clubhouse. O número de convites é limitado, ou seja, mesmo que queiram convidar várias pessoas, os usuários possuem uma quantidade limitada de convites para distribuir. Esse motivo e o fato de ainda estar disponível só para iPhone fazem com que o Clubhouse ganhe ainda mais o status de exclusividade.

Ao criar um perfil na rede social, é possível selecionar tópicos de interesse para receber sugestões de grupos ou eventos sobre diversos temas. Os usuários podem criar salas abertas para qualquer pessoa acessar, salas apenas para as pessoas que segue ou iniciar grupos só com amigos selecionados. Em um chat no Clubhouse, os participantes podem ser ouvintes (listeners) ou podem falar durante a conversa (speakers), caso o anfitrião tenha permitido. No app não é possível enviar textos e imagens, os usuários podem utilizar somente os chats para se comunicar. E, apesar da semelhança com os podcasts, as conversas no Clubhouse são sempre ao vivo, sem gravações ou edições. Após a sala ser finalizada, a conversa não fica disponível para ser acessada depois.

A plataforma também possibilita criar eventos com data e hora marcados para iniciar o chat. As conversas que estão em andamento e as salas que estão agendadas para acontecer em breve podem ser visualizadas e acessadas pelos usuários da rede social. Para entrar uma conversa, basta selecionar o chat. Em um primeiro momento, o usuário entrará na sala apenas como ouvinte. Se quiser interagir na conversa, é necessário solicitar que o moderador libere a sua participação como “speaker”.

O Clubhouse é uma rede social recente e que ainda está em fase de testes, porém alguns pontos são importantes avaliar sobre a plataforma, como destaca Maria Carolina Avis, professora do curso de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter:

O medo de ficar de fora

As pessoas estão passando muito tempo na rede (de 11 a 22 horas semanais). É claro que pelo fato de ser uma novidade, é compreensível, mas o que reforça isso é o senso de exclusividade da rede social. (…) Já que em outras redes só se fala de ClubHouse (…) há uma certa urgência por parte de todos para conseguirem entrar também. Esse apelo de exclusividade potencializa o fato de as pessoas terem medo de ficar de fora do que é atual. Outro fato que reforça o medo de perder, comportamento cognitivo do ser humano, é que o conteúdo não fica registrado na rede social, ou seja, se quiser saber do que está acontecendo, precisa acompanhar em tempo real, precisa estar lá, porque depois vai perder a oportunidade. É aí que fica o medo de ficar de fora.

Networking fortalecido

Dois termos definem bem o ClubHouse neste momento: conteúdo colaborativo e a conexão. A rede é formada por pessoas, dentre elas grandes profissionais e celebridades. Já pensou em estar na mesma sala de bate-papo que seu grande ídolo, ou alguém que você admira? No ClubHouse isso é possível e muito corriqueiro. As salas têm moderadores que podem interagir o tempo todo, mas os ouvintes também podem pedir a palavra e falar com os demais participantes. Uma excelente oportunidade de fortalecer a rede de contatos. O networking é fortalecido quando se mostra o seu valor, e a rede proporciona muito isso.

A disputa é pelo seu tempo

Sempre que surge uma nova rede social, surge junto o questionamento: será que agora as outras redes sociais vão perder a força? Será que todos vão deixar de usar outras redes e migrar para a nova? A resposta é: não. Os usuários utilizam várias redes, de acordo com suas necessidades, até porque nenhuma é igual a outra. Se fosse para termos 10 redes sociais iguais, não teria por que termos 10, não é mesmo? A grande disputa não é pela sua adesão, mas sim pelo seu tempo. Redes sociais não são exclusivas.

Para as empresas, é um desafio

Enquanto para os usuários é uma excelente fonte de contatos relevantes, para as empresas é um grande desafio gerar conteúdo e se posicionar por lá. É preciso ter uma gestão muito bem feita para conseguir equilibrar a produção de conteúdo em áudio por colaboradores, já que a rede é feita por usuários e a humanização é extrema. A Audi foi a primeira montadora no Brasil a promover um debate na rede, que contou com colaboradores sendo mediadores do bate-papo sobre carros elétricos.

Segundo plano vai mudar as estratégias

Boa parte do sucesso e da grande adesão à rede é pelo fato da rede social funcionar bem em segundo plano, ou seja, basta abrir o app, entrar em uma discussão e navegar entre outros aplicativos, sem precisar ficar olhando para a tela do ClubHouse. Isso explica o comportamento dos usuários em passar um longo tempo consumindo conteúdo. Por isso, os conteúdos de outras redes sociais precisam ser repensados, já que vão assistir aos vídeos sem áudio, por exemplo. Legendas nunca foram tão importantes como agora para atrair a atenção.

Tudo tem um ponto negativo

Para os surdos ou os surdos oralizados, o ClubHouse está fora de cogitação, infelizmente. Isso porque ainda não existe a função de legenda e transcrição, portanto um público fica de fora. Alguns aplicativos externos fazem isso, mas acaba sendo uma carência na funcionalidade da rede social.

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