Brasil conquista duas medalhas na maratona aquática feminina do Pan

A atual campeã olímpica Ana Marcela Cunha ficou com a prata, enquanto Viviane Jungblut repetiu o bronze conquistado há quatro anos em Lima.

  • Data: 29/10/2023 11:10
  • Alterado: 29/10/2023 11:10
  • Autor: Beatriz Cesarini e Arthur Macedo
  • Fonte: FOLHAPRESS
Brasil conquista duas medalhas na maratona aquática feminina do Pan

Crédito:Wander Roberto/COB

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O ouro não veio, mas o Brasil faturou medalhas na maratona aquática feminina de 10 km no Pan 2023. A atual campeã olímpica Ana Marcela Cunha ficou com a prata, enquanto Viviane Jungblut repetiu o bronze conquistado há quatro anos em Lima.

As atletas precisaram lidar com um obstáculo a mais na maratona: a temperatura da água. A temperatura na Laguna Los Morros estava acima dos 16ºC mínimos para a realização da prova, mas abaixo de 18ºC. Portanto, o uso do traje neoprene -que cobre braços e pernas- foi obrigatório.

As duas brasileiras fecharam a primeira volta fora do top 3. Ana Marcela e Viviane ficaram separadas por pouco mais de um segundo, na quarta e na quinta posição, respectivamente. A prova foi composta por oito voltas.

As brasileiras se firmaram na briga pelo pódio a partir da terceira volta. Ana Marcela foi a perseguidora mais próxima da norte-americana Ashley Twichell. Ela perdeu contato com a líder na sétima volta, e a distância chegou a 11,6 segundos.

Ana Marcela tentou arrancar no fim, mas seu ritmo não foi suficiente para alcançar a liderança. Twichell ficou com a medalha de ouro, fechando a prova em 1h57min16s. Cunha terminou 13 segundos atrás e foi medalhista de prata. Viviane Jungblut finalizou a maratona em 1h57min51s, assegurando o bronze.

Ana Marcela Cunha competiu em ambiente que não é o seu favorito. A medalhista de ouro em Tóquio-2020 e pentacampeã mundial se sente mais à vontade nas águas agitadas do oceano. A prova de hoje foi realizada em lago artificial.

TEMPERATURA BAIXA
A preocupação com a temperatura em provas de águas abertas cresceu nos últimos anos. Um episódio chave para impulsionar o cuidado de organizadores foi a morte do norte-americano Fran Crippen na Copa do Mundo de 2010. A água estava a 32ºC em Fujairah, Emirados Árabes Unidos.

O número de barcos e lanchas de monitoramento aumentou após a morte de Crippen. Também foi determinada a temperatura mínima (16ºC) e máxima (31ºC) da água para realização de competições.
Uma brasileira já sofreu com temperatura baixa em maratona aquática. Poliana Okimoto sofreu hipotermia nos Jogos Olímpicos de 2012, quando a água estava a 19ºC, e foi obrigada a abandonar a prova.

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  • Data: 29/10/2023 11:10
  • Alterado:29/10/2023 11:10
  • Autor: Beatriz Cesarini e Arthur Macedo
  • Fonte: FOLHAPRESS









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