Bolsonaro desafia adversários e promete não sair do Brasil em discurso controverso no Rio

Bolsonaro reafirma sua permanência no Brasil e desafia adversários: "Se sou tão ruim, me derrote!"

  • Data: 16/03/2025 13:03
  • Alterado: 16/03/2025 13:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: FolhaPress
Bolsonaro desafia adversários e promete não sair do Brasil em discurso controverso no Rio

Ex-presidente Jair Bolsonaro.

Crédito:EFE/Isaac Fontana

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Em um discurso realizado neste domingo (16) no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou sua decisão de não deixar o Brasil, afirmando que se tornaria um “problema preso ou morto” para seus adversários.

Durante o evento, que tinha como objetivo reunir apoio para uma anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro criticou veementemente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assegurando que “eles não derrotaram e nem derrotarão o bolsonarismo“.

Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu tivesse do lado deles. Mas escolhi o lado do meu povo brasileiro“, declarou Bolsonaro a seus apoiadores.

O ex-presidente também atribuiu à interferência do ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a suposta dificuldade enfrentada em sua campanha nas eleições de 2022.

Segundo ele, enquanto o adversário pôde utilizar imagens que ligavam Lula a ditadores mundiais, ele foi impedido de fazer o mesmo. “Me chamavam de misógino, de fascista, até de assassino da Marielle Franco“, lamentou.

Eleição de 2026

Bolsonaro ainda mencionou a próxima eleição de 2026, expressando confiança de que será realizada com isenção e enfatizando que “eleições sem Bolsonaro é negar democracia no Brasil“. Apesar de sua inelegibilidade, ele insinuou que possui candidatos dentro de seu círculo político para a presidência, ao contrário da oposição. No entanto, reforçou sua disposição em concorrer: “Se eu sou tão ruim assim, me derrote“, desafiou.

O ato no Rio foi convocado por Bolsonaro para pressionar o Congresso Nacional a considerar um projeto de lei que concederia anistia aos indivíduos acusados de participação nos tumultos em Brasília. O evento atraiu um número significativamente menor de pessoas do que o esperado, com a presença limitada a pouco mais de três quarteirões em Copacabana.

Durante seu discurso, o ex-presidente minimizou as razões por trás de suas condenações e voltou a sugerir que sua inelegibilidade poderia ser revertida. Ele questionou: “Afinal de contas, me tornaram inelegível por quê? Pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento?” Referindo-se às suas condenações pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, ele destacou os eventos ocorridos durante reuniões com embaixadores estrangeiros em 2022 e ao uso eleitoral do 7 de setembro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Bolsonaro em fevereiro deste ano, acusando-o de liderar uma conspiração golpista para obstruir a posse do presidente Lula. A denúncia abrange crimes graves, como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e participação em organização criminosa. Se condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro poderá enfrentar uma pena superior a 40 anos de prisão.

A análise da denúncia pela Primeira Turma do STF está programada para iniciar no dia 25 de março. Nesse dia, os ministros discutirão se os 34 denunciados se tornarão réus no processo.

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  • Data: 16/03/2025 01:03
  • Alterado:16/03/2025 13:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: FolhaPress











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