ANJ condena fala de Bolsonaro contra imprensa
Em nota divulgada na quinta-feira, 22, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) condenou declarações do presidente Jair Bolsonaro com novos ataques à imprensa
- Data: 23/08/2019 16:08
- Alterado: 23/08/2019 16:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:
Bolsonaro disse que a imprensa “está acabando” e que o jornal Valor Econômico, especializado na publicação de informações econômicas e financeiras, “vai fechar” como resultado da decisão de dispensar as empresas de capital aberto de divulgar seus balanços em jornais.
“O presidente ignora mais uma vez a relevância da atividade jornalística, sobretudo em uma era em que a desinformação e o sectarismo transbordam de redes sociais e manifestações oficias” disse a ANJ, que ainda classificou as declarações como “equivocadas”.
Ao prever o fim da imprensa, Bolsonaro também disse que isso ajudaria a diminuir o desmatamento, “porque papel vem de árvores”. Sobre a afirmação, a entidade ressalvou que “todo o papel da imprensa provem de florestas renováveis”.
O comentário do presidente foi feito em encontro com representantes da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão, no Palácio do Planalto. “Sabe o que eu posso fazer? Chamo o presidente da Petrobrás aqui e digo: ‘Vem cá, (Roberto) Castello Branco. Você vai mostrar seu balancete este ano no jornal O Globo'”, disse ele.
“Posso fazer ou não? Vinte páginas de jornais para isso. E o jornal Valor Econômico, que é da Globo, vai fechar. Não devia falar? Não devia falar, mas qual é o problema? Será que eu vou ser um presidente politicamente correto?”