Brasiliense ganha R$ 162 mil no “Tigrinho” e não consegue sacar prêmio

Residente do DF enfrenta dificuldades para sacar R$ 169 mil no 'Jogo do Tigrinho'. DPDF atua judicialmente contra práticas abusivas da plataforma.

  • Data: 21/03/2025 17:03
  • Alterado: 21/03/2025 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
Brasiliense ganha R$ 162 mil no “Tigrinho” e não consegue sacar prêmio

Crédito:Reprodução

Você está em:

Um residente do Distrito Federal, que acumulou a quantia de R$ 169 mil em uma plataforma de jogos conhecida como “Jogo do Tigrinho”, enfrenta dificuldades para realizar o saque de seu prêmio. A empresa responsável pela plataforma condicionou o acesso ao dinheiro ao depósito de uma nova quantia, alegando que isso seria necessário para que o usuário pudesse subir de categoria.

Buscando solucionar a questão, o brasiliense recorreu à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), acionando a Justiça através do Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa do Consumidor (Nudecon). O objetivo é obter reparação pelos danos causados pela plataforma.

A DPDF identificou um padrão nas práticas das empresas envolvidas, que disponibilizam jogos online e permitem aos usuários acumular créditos em reais. No entanto, essas empresas frequentemente retêm os saldos existentes, utilizando justificativas variadas, e condicionam a liberação dos valores à realização de novos depósitos via PIX. Mesmo após esses depósitos serem efetuados, o saldo retido muitas vezes continua inacessível aos usuários.

No processo judicial, a defensoria sustentou que existe uma relação de consumo entre a plataforma e seus usuários. Dessa forma, a empresa possui responsabilidade objetiva por quaisquer danos ocasionados. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, isso significa que a reparação dos prejuízos não depende da comprovação de culpa por parte da fornecedora.

O Defensor Público-Geral, Celestino Chupel, ressaltou a importância da atuação da Defensoria Pública em situações envolvendo jogos de azar. “É nosso dever proteger os consumidores que se encontram em situações como essa, auxiliando as vítimas na busca por reparação pelos prejuízos financeiros enfrentados e assegurando seus direitos”, afirmou.

Antônio Carlos Cintra, defensor público e chefe do Nudecon/DPDF, comentou sobre o impacto negativo do “Jogo do Tigrinho” na vida financeira de muitos usuários. Ele observou que a plataforma não apenas atrai pessoas vulneráveis, mas também apresenta novas estratégias fraudulentas para reter usuários na esperança de realizarem os saques prometidos. “A publicidade é voltada para a obtenção de lucros financeiros sem qualquer limitador. Isso resulta em bloqueios arbitrários e objeções que não foram previamente anunciadas”, explicou Cintra.

Com a crescente preocupação sobre as práticas dessas plataformas, espera-se que o caso gere um debate mais amplo sobre a regulamentação e proteção dos direitos dos consumidores no setor de jogos online.

Compartilhar:

  • Data: 21/03/2025 05:03
  • Alterado:21/03/2025 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria











Copyright © 2025 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados