Conceitos, nuances e desdobramentos da tal responsabilidade social

No primeiro artigo desta coluna, exploramos alguns aspectos principais do tema para contextualizá-lo e esmiuçar sua importância

  • Data: 21/03/2025 16:03
  • Alterado: 21/03/2025 16:03
  • Autor: Miguel Trombini
  • Fonte: Adote um Cidadão
Conceitos, nuances e desdobramentos da tal responsabilidade social

Crédito:Divulgação/Freepik

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Aqui nos cabe, em primeiro lugar, agradecer ao portal ABCdoABC pelo espaço disponibilizado para falarmos sobre um tema de tamanha importância e abrangência. Enquanto ONG (organização não-governamental), trabalhamos diretamente com esse termo que, de quando em quando, aparece por aí, mas muito ainda se questiona sobre ele: a tal da responsabilidade social. Embora seja um assunto sério, nossa proposta é falar de coração aberto, horizontalmente – ao fim e ao cabo, conversar sem pressão.

Alguns – muitos – teóricos escreveram e ainda escrevem sobre o tema, e acreditamos que é importante citar algumas reflexões encontradas na literatura disponível. Em Responsabilidade social: a empresa hoje (1986), Gleuso Damasceno Duarte e José Maria Dias entendem esse conjunto de práticas tanto como a ideia de uma responsabilidade ou obrigação legal quanto como um comportamento responsável no aspecto ético. Outro livro, Ética e responsabilidade social nos negócios (2012), coordenado por Patrícia Almeida Ashley, nos traz uma definição mais ampla de responsabilidade social: toda e qualquer iniciativa que contribua com a melhoria da qualidade de vida da sociedade.

Esta última conceituação é a que mais se encaixa no que podemos reconhecer como responsabilidade social na prática. Por meio de ONGs como o Adote um Cidadão e tantas outras cujo objetivo é realizar um trabalho totalmente direcionado à sociedade civil, empresas podem firmar parcerias e contribuir com essas iniciativas a partir de investimentos e outros recursos. A responsabilidade social empresarial – também conhecida como RSE –, é um compromisso que as organizações assumem para promover bem-estar social e ambiental.

Alguns exemplos de contribuições com organizações não governamentais são: doações em dinheiro, promover ações de voluntariado, programas de capacitação profissional e conscientização sustentável em parceria com as ONGs, patrocínio de eventos e projetos, entre outras iniciativas que permitem que essas empresas impactem a sociedade de modo efetivo, por intermédio do terceiro setor. Alguns benefícios da RSE incluem atrair investidores, aumentar a credibilidade, mostrar aos clientes que sua política interna se preocupa com as causas sociais e contribuir com a criação de estratégias para reduzir a desigualdade, a violência e demais mazelas socioculturais.

Para as empresas, assumir essa responsabilidade é, entre outras coisas, reconhecer que enquanto corporações elas fazem parte de uma coletividade que possui certas demandas, muitas delas supridas justamente pelo terceiro setor. Contudo, mais importante do que isso é nos atentarmos ao fato de que as iniciativas sociais impactam pessoas reais. Embora as empresas recebam esse retorno em números e estatísticas, o dia a dia não se resume a porcentagens e algarismos arábicos, muito pelo contrário.

Receber o feedback direto das pessoas atendidas pelas iniciativas, ouvir delas o quanto as ações são importantes, ver as transformações acontecendo e fazer parte disso ativamente é algo que jamais poderá ser mensurado para as empresas com total intensidade. Por isso, é fundamental frisar sempre que possível que a responsabilidade social vai muito além do investimento monetário ou do suporte e patrocínio das ações: ela começa quando uma determinada parcela da população tem suas necessidades negligenciadas. Não se trata apenas de dinheiro, e sim de tirar as pessoas da posição invisibilizada a qual foram submetidas. É sobre dignidade, afeto, empatia e, sobretudo, reconhecimento.

Reconhecer a existência do outro é um dos maiores atos de solidariedade que existem. Quando passamos a enxergar vidas, sorrisos, corpos que se impressionam, se emocionam e se abraçam, os números perdem o protagonismo e são substituídos por valores sociais. Não há responsabilidade social legítima sem a vontade igualmente dedicada de fazer a diferença, e isso é algo que as empresas deveriam levar em consideração para identificarem seu potencial transformador.

Sobre o Adote um Cidadão

O Adote trabalha há 26 anos pela justiça social para pessoas com deficiência e grupos em situação de vulnerabilidade como um todo, por meio da multiplicação de sorrisos e ações de inclusão presentes em iniciativas sócio-educativas. Temos a frente Empresa Comprometida, por meio da qual corporações interessadas em cumprir com a sua responsabilidade social podem se juntar a nós e contribuir diretamente com as mais de 10 ações anuais que realizamos.

Instagram: @adoteumcidadao 
Site: www.adoteumcidadao.com.br
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  • Data: 21/03/2025 04:03
  • Alterado:21/03/2025 16:03
  • Autor: Miguel Trombini
  • Fonte: Adote um Cidadão











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