Dólar cai e fecha aos R$ 5,67, no menor valor desde outubro de 2024
O recuo foi de 0,19% em relação ao fechamento anterior,
- Data: 18/03/2025 18:03
- Alterado: 18/03/2025 18:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
Na última terça-feira, o dólar brasileiro consolidou sua trajetória de desvalorização, registrando a sexta sessão consecutiva de queda. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$5,6755, o menor valor observado desde 24 de outubro de 2022, em um ambiente favorável ao fluxo de capital estrangeiro e a um enfraquecimento global do dólar.
O recuo foi de 0,19% em relação ao fechamento anterior, resultando em uma desvalorização acumulada de 3,06% ao longo das últimas seis sessões. Em termos anuais, a moeda dos Estados Unidos já apresenta uma queda significativa de 8,15% no Brasil.
Na B3, às 17h21, o contrato futuro do dólar com vencimento em abril também apresentou desvalorização, cedendo 0,31%, e sendo negociado a R$5,6880. O movimento do dólar seguiu uma tendência observada anteriormente, onde a moeda americana perdeu força gradualmente após abrir em alta.
Profissionais do mercado financeiro atribuíram a queda à entrada de recursos no país. Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, comentou sobre o fluxo positivo que tem sido verificado: “Observamos tanto a movimentação de exportadores quanto de investidores estrangeiros. Recentemente, temos notado um fluxo especulativo que vem ao Brasil devido à atratividade dos juros”, explicou. Ele destacou ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está previsto para anunciar um novo aumento na taxa Selic na quarta-feira, atualmente fixada em 13,25% ao ano.
O desempenho do real também foi favorecido por uma combinação de fatores internos e externos. Durante a tarde, o dólar se desvalorizou globalmente, contribuindo para as mínimas históricas no Brasil. Após alcançar a máxima de R$5,7153 no início da sessão (+0,51%), a moeda atingiu seu ponto mais baixo às 13h20 com R$5,6558 (-0,53%).
A queda do dólar ocorre mesmo diante da proposta governamental anunciada para isentar do Imposto de Renda aqueles que recebem até R$5 mil mensais. Embora esta iniciativa tenha gerado preocupações no passado sobre possíveis impactos fiscais negativos, a apresentação oficial do projeto ao Congresso não exerceu pressão sobre os mercados nesta terça-feira.
A proposta mantém a tabela progressiva do IR com isenção para rendas até dois salários mínimos e introduz um desconto variável que permitirá que quem ganha até R$5 mil não pague imposto algum. Para rendas entre R$5 mil e R$7 mil, haverá um desconto gradual. Em contrapartida, pessoas com renda elevada enfrentariam uma retenção na fonte de 10% sobre dividendos acima de R$50 mil mensais.
Segundo informações do governo federal, o impacto final nas contas públicas será neutro; ou seja, a arrecadação proveniente dos mais ricos compensará as isenções concedidas aos menos favorecidos – um aspecto que ainda gera ceticismo no mercado financeiro.
Internacionalmente, às 17h20, o índice do dólar — que avalia o desempenho da moeda americana frente a outras seis divisas — apresentava uma queda de 0,23%, situando-se em 103,220.

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