Governo Trump considera impor restrições de viagens a cidadãos de 43 países
Esta nova medida se apresenta como mais abrangente do que aquelas já impostas durante seu primeiro mandato.
- Data: 15/03/2025 15:03
- Alterado: 15/03/2025 15:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
O governo do ex-presidente Donald Trump está considerando a implementação de uma nova proibição de viagens aos Estados Unidos, a qual poderia afetar cidadãos de até 43 nações, conforme informações obtidas por autoridades americanas e publicadas pelo The New York Times. Esta nova medida se apresenta como mais abrangente do que aquelas já impostas durante seu primeiro mandato.
De acordo com as fontes, os cidadãos dos países incluídos na lista proposta seriam obrigados a participar de entrevistas presenciais para a obtenção de vistos. Entre os países mencionados estão Belarus, Eritreia, Haiti, Laos, Mianmar, Paquistão, Rússia, Serra Leoa, Sudão do Sul e Turcomenistão.
Além disso, outros 22 países identificados como “amarelos” teriam um prazo de 60 dias para resolver pendências com os Estados Unidos. Caso contrário, esses países poderiam enfrentar restrições adicionais em relação às viagens. As questões em aberto poderiam incluir a falta de compartilhamento de informações sobre viajantes com os EUA, práticas de segurança inadequadas na emissão de passaportes e a venda de cidadania a indivíduos oriundos de países já proibidos.
A lista “amarela” inclui Angola, Antígua e Barbuda, Benin, Burkina Faso, Camboja, Camarões, Cabo Verde, Chade, República do Congo, República Democrática do Congo, Dominica, Guiné Equatorial, Gâmbia, Libéria, Malawi, Mali, Mauritânia, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Vanuatu e Zimbábue.
Autoridades que solicitaram anonimato informaram que essas listas foram elaboradas pelo Departamento de Estado há várias semanas e podem sofrer alterações antes de serem apresentadas à Casa Branca. Trump havia instruído o Departamento de Estado a identificar nações cuja verificação e triagem apresentassem deficiências significativas que justificassem uma suspensão parcial ou total da entrada de seus cidadãos no país.
O decreto assinado logo após sua posse em 20 de janeiro estabelecia um prazo de 60 dias para a finalização deste relatório. Com isso, espera-se que a lista seja apresentada na próxima semana.
Até o momento, não está claro se indivíduos que já possuem vistos ou residência legal nos Estados Unidos estariam isentos dessas novas restrições. Recentemente, o governo revogou o green card do sírio Mahmoud Khalil, um dos líderes dos protestos pró-palestinos na Universidade de Columbia. O caso foi parar na Justiça.
Durante o primeiro mandato de Trump, as restrições de viagens enfrentaram barreiras judiciais até que uma versão revisada foi finalmente autorizada pela Suprema Corte. Inicialmente destinada a oito países – seis deles predominantemente muçulmanos – essa medida passou por diversas mudanças antes de ser revogada com a posse do presidente Joe Biden.
As novas listas vermelha e laranja incluem países que já estavam sob restrições anteriormente; no entanto, algumas adições são notáveis. O Afeganistão é um exemplo recente desse cenário alterado após o retorno do Talibã ao poder.
Em relação à Rússia, seriam aplicadas restrições rigorosas em vez de uma proibição total em um contexto onde Trump busca ajustar a política externa dos EUA para uma abordagem mais favorável ao país europeu. A inclusão da Venezuela na lista vermelha poderia complicar as negociações em andamento sobre a deportação de imigrantes dessa nação.
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