Mundana Companhia oferece oficinas e espetáculos em circulação com atividades gratuitas por SP

Mundana Companhia oferece oficinas e espetáculos em circulação com atividades gratuitas por SP Peças inspiradas na Confederação dos Tamoios apresentam diferentes abordagens para a guerra entre os colonizadores portugueses e os povos indígenas

  • Data: 13/03/2025 22:03
  • Alterado: 13/03/2025 22:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Mundana Companhia oferece oficinas e espetáculos em circulação com atividades gratuitas por SP

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Crédito:Andrea Menegon

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Buscando abordar a resistência indígena frente à colonização portuguesa, a mundana companhia criou os espetáculos “Guerra em Iperoig” e “Os Insensatos”, duas abordagens diferentes com base na pesquisa realizada sobre a Confederação dos Tamoios e sobre os conflitos que se seguiram ao seu término.

Os trabalhos fazem uma circulação com atividades gratuitas por todas as regiões da cidade de São Paulo entre os dias 31 de março e 3 de julho.

Além dos espetáculos, o projeto oferece também oficinas gratuitas nos mesmos CEUs onde acontecem as apresentações: Figurino e Cenografia, com Rogério Romualdo Pinto, Iluminação, com Ricardo Moranez, Sonoplastia, com Ivan Garro e Rodolfo Dias Paes (Dipa) e Dramaturgia com Marcos Barbosa. As inscrições para as oficinas serão abertas perto das datas de apresentações dos espetáculos (veja serviço abaixo).

As apresentações e oficinas acontecem no CEU Uirapuru (R. Nazir Miguel, 849 – Jardim João XXIII – Zona Oeste), no CEU São Miguel – Luiz Melodia (R. José Ferreira Crespo, 475 – Jardim São Vicente, Zona Leste), no CEU Jardim Paulistano – Brasilândia (Rua Aparecida do Taboado, s/n – Jardim Paulistano, Zona Norte) e no CEU Cidade Dutra (Av. Interlagos, 7350 – Interlagos, Zona Sul).

Essas exibições integram o projeto MUNDANA BRASILEIRA – Residências, Pesquisa e Dramaturgia: um projeto de continuidade, selecionado pela comissão da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, edição 44/2024.

Espetáculos apresentados

Embora as construções de “Guerra em Iperoig” e “Os Insensatos” tenham partido do mesmo material – a eliminação do povo Tupinambá do litoral de São Paulo – elas têm características bem diferentes. “A primeira tem um tom mais histórico e poético, enquanto a segunda aborda as consequências da exploração desmedida do meio ambiente que acontece até os dias de hoje de um jeito mais pop e irônico”, conta Aury Porto, cofundador da companhia.

Guerra em Iperoig

Com dramaturgia de André Sant’anna e roteiro de Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto, Roberta Schioppa e Rogério Pinto, “Guerra em Iperoig” reflete sobre as guerras de colonização e o apagamento dos povos originários.

A história começa em 1500, com a chegada dos portugueses ao Brasil. Em 1534, foi autorizada a escravização indígena. Em resposta, cinco chefes tupinambás fundaram, em 1554, a Confederação dos Tamoios, mas, em 1563, Portugal negociou a “Paz de Iperoig”. Em 1567, a chamada “guerra justa” quase dizimou os Tupinambás e marcou o início de novas traições europeias.

Na montagem, indígenas contemporâneos promovem uma revolta estética e ideológica, contrapondo a mitologia tupinambá à visão colonizada que prevaleceu nas artes brasileiras durante muito tempo.

Os Insensatos

Com uma abordagem pop e contemporânea da “Paz de Iperoig”, “Os Insensatos” expõe quatro alegorias da insensatez social brasileira: mau uso da coisa pública, consumismo, irracionalidade e superficialidade do conhecimento.

Com roteiro de Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto, Roberta Schioppa e Rogério Pinto, e textos de André Sant’Anna, a encenação acontece em um cenário colorido, inspirado em praças de alimentação de shoppings. O público fica no centro do espaço cercado por televisores, enquanto quatro figuras histriônicas se debatem em seus nichos.

À medida que interagem com o ambiente, os personagens perdem suas características humanas e se transformam em seres compostos por elementos incongruentes, permitindo múltiplas interpretações.

Tanto “Guerra em Iperoig” quanto “Os Insensatos” marcam uma nova fase do grupo, focada em narrativas brasileiras. “Necessitamos reavaliar nossa trajetória e reciclar ideias. E, através dessas Residências Artísticas, vamos explorar novos espaços e interagir com grupos sociais diferentes dos nossos”, diz Porto.

As oficinas por São Paulo

Entre os meses de março e julho de 2025, a mundana companhia organiza Residências com cinco oficinas cada uma, nos mesmos locais onde serão apresentados os espetáculos. As aulas acontecem durante quatro dias e somam 16 horas de atividades. Serão selecionados quatro participantes para cada oficina, totalizando 20 oficineiros por Residência.

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  • Data: 13/03/2025 10:03
  • Alterado:13/03/2025 22:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria











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