Yoon Suk Yeol Promete Lutar Até o Fim Após Mandado de Prisão

Instabilidade política gera tensão entre apoiadores e opositores.

  • Data: 02/01/2025 19:01
  • Alterado: 02/01/2025 19:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Yoon Suk Yeol Promete Lutar Até o Fim Após Mandado de Prisão

Crédito:Getty Images

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O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enviou uma mensagem a seus apoiadores nesta quinta-feira (2), reafirmando sua determinação em “lutar até o fim”, após a Justiça do país emitir um mandado de prisão contra ele.

A medida judicial foi solicitada pelos investigadores, que alegam que Yoon se recusou a prestar depoimento sobre a polêmica declaração de lei marcial, que gerou uma crise política significativa. O afastamento do presidente ocorreu após a Assembleia Nacional aprovar seu impeachment, motivado por uma tentativa considerada um autogolpe.

O Escritório de Investigação de Corrupção para Autoridades de Alto Escalão (CIO) anunciou que as autoridades têm até a próxima segunda-feira (6) para cumprir o mandado. Contudo, persiste a incerteza sobre se os agentes responsáveis pela segurança de Yoon tentarão obstruir a ação, visto que já houve tentativas anteriores de impedir o cumprimento de um mandado de busca. Este é um caso sem precedentes na história política sul-coreana, intensificando a crise que assola o país.

Na carta dirigida aos seus apoiadores que se reuniam em frente à residência oficial, Yoon declarou: “Lutarei até o fim para proteger esse país junto de vocês. Estou assistindo tudo ao vivo e vejo o trabalho duro que vocês estão fazendo.” Essas palavras refletem seu apelo à base de apoio em um momento crítico.

Após o impeachment, ocorrido em 14 de dezembro, Choi Sang-mok assumiu interinamente a presidência, embora Yoon permaneça tecnicamente no cargo até que o Tribunal Constitucional conclua o processo. A expectativa é que uma nova audiência sobre o impeachment ocorra nesta sexta-feira (3), onde o tribunal deverá decidir se ratificará ou não a destituição de Yoon. Se confirmada, uma nova eleição deverá ser convocada em até 60 dias.

Enquanto isso, manifestações contrárias ao presidente afastado ocorreram nas ruas de Seul, com cidadãos exigindo sua prisão. O advogado de Yoon, Yoon Kab-keun, argumenta que o mandado é ilegal, uma vez que o CIO não possui a autoridade constitucional para solicitar tal prisão. Esta posição, no entanto, é contestada por especialistas jurídicos.

Kab-keun também alertou que policiais poderiam ser detidos pelo serviço de segurança presidencial caso tentassem prender Yoon sob ordens do CIO. Ele argumenta que as competências deste órgão são limitadas ao controle de multidões e à manutenção da ordem pública.

No cenário político atual, a instabilidade aumentou com o impeachment do primeiro-ministro Han Duck-soo, apenas duas semanas após a destituição de Yoon. O novo líder interino, Choi Sang-mok, foi nomeado em meio a tensões crescentes sobre a nomeação dos juízes necessários para concluir o processo de impeachment.

Além disso, informações divulgadas pela Promotoria indicam que Yoon teria dado ordens ao chefe das Forças Armadas para tomar medidas drásticas em relação à Assembleia Nacional durante a crise. Esse episódio desencadeou uma série de eventos tumultuosos e protestos nas ruas, levando à revogação temporária das medidas extremas propostas pelo presidente.

A instabilidade política na Coreia do Sul gera preocupação internacional, especialmente considerando o contexto das relações tensas com a Coreia do Norte. O decreto de lei marcial foi justificado por Yoon como uma medida necessária diante da “ameaça das forças comunistas” no norte. Essa situação demanda atenção global em um momento em que mudanças políticas nos Estados Unidos também podem influenciar o equilíbrio na região.

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  • Data: 02/01/2025 07:01
  • Alterado:02/01/2025 19:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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