Acordo UE-Mercosul: França e aliados resistem devido a preocupações agrícolas e ambientais

Consequências agrícolas e pressão política ameaçam ratificação completa.

  • Data: 06/12/2024 20:12
  • Alterado: 06/12/2024 20:12
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
Acordo UE-Mercosul: França e aliados resistem devido a preocupações agrícolas e ambientais

Crédito:reprodução/ Agência CNI

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A recente tentativa de aprovação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul está cercada de controvérsias e desafios políticos. Durante um discurso em Montevidéu, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, destacou os benefícios econômicos potenciais do acordo, como a redução de tarifas e novas oportunidades de emprego para empresas europeias. Contudo, a resposta francesa foi rápida e contundente, destacando que o acordo ainda não está assinado nem ratificado.

No coração das críticas está a preocupação com o impacto do acordo no setor agrícola europeu, particularmente na França, maior produtor agrícola da Europa. O governo francês e representantes do setor expressaram forte oposição, temendo que o acordo aumente a pressão econômica sobre os agricultores já afetados por altos custos e condições climáticas adversas. Este sentimento ressoou em outros países como Polônia, Áustria, Holanda e parcialmente na Itália, que poderiam formar um bloco suficiente para vetar o acordo no Conselho Europeu.

Apesar das resistências, a Alemanha, maior exportadora do continente, apoia entusiasticamente o tratado. O país vê na maior zona de livre comércio do mundo uma oportunidade de crescimento econômico significativo. No entanto, preocupações ambientais também emergem. A recente decisão da UE de adiar sua lei antidesmatamento levanta questões sobre se o bloco estaria priorizando ganhos comerciais sobre sua liderança em sustentabilidade global.

Em conclusão, enquanto o acordo UE-Mercosul promete vantagens econômicas significativas para alguns países europeus, ele enfrenta uma complexa teia de preocupações políticas, agrícolas e ambientais que demandarão negociações intensas nos próximos meses. O resultado dessas negociações terá implicações profundas não apenas para as relações comerciais entre os continentes, mas também para a política interna da União Europeia.

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  • Data: 06/12/2024 08:12
  • Alterado:06/12/2024 20:12
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria











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