Grande ABC levará à Brasília pleito para receber Polo de Ferramentaria
Entidade regional reuniu agentes do setor em força-tarefa para receber equipamento
- Data: 15/07/2019 17:07
- Alterado: 15/07/2019 17:07
- Autor: Cadu Proieti
- Fonte: Consórcio Intermunicipal Grande ABC
Crédito:Divulgação/Consórcio ABC
O Consórcio Intermunicipal Grande ABC levará à Brasília o pedido para que a região receba um centro de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria, como parte do Rota 2030, programa automotivo brasileiro que prevê isenções para montadoras que investirem em tecnologia. A proposta surgiu em reunião entre os agentes do setor realizada na sede da entidade regional, em Santo André, na manhã desta segunda-feira (15/7).
O encontro contou com representantes do poder público municipal das sete cidades, de instituições de ensino técnico voltado para a área, associações comerciais e industriais da região, empresas do setor e sindicatos.
Na abertura do evento, o diretor de Programas e Projetos do Consórcio ABC, Giovanni Rocco, fez apresentação sobre as potencialidades do Grande ABC no setor metalúrgico. Depois, fizeram explanações sobre o tema o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, o secretário-executivo da entidade regional, Edgard Brandão, o deputado estadual Paulo Nishikawa e o secretário Desenvolvimento e Geração de Emprego de Santo André, Evandro Banzato, que representou o Grupo de Trabalho (GT) Desenvolvimento Econômico, hoje coordenado por um representante da prefeitura andreense.
Morando sugeriu uma reunião entre os prefeitos das sete cidades e representantes do setor produtivo com o secretário de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. O encontro será articulado por meio do escritório regional do Consórcio ABC em Brasília.
Para o prefeito de São Bernardo, é importante que chegue à pasta federal que a região não está apenas apta para ser beneficiada pelo programa automotivo, mas exige receber a iniciativa. Ainda segundo Morando, se o ABC não for selecionado, o sentimento será de que a questão não está sendo conduzida tecnicamente.
“Esta discussão tem de ser tratada de maneira grande e nós não podemos nos encolher diante desta preocupação. O polo tecnológico é um direito nosso e mantém o protagonismo industrial do Grande ABC”, afirmou Morando.
Da área educacional, estiveram presentes representantes da Universidade Federal do ABC (UFABC), Instituto Mauá de Tecnologia, Fundação Santo André e Senai. Do setor produtivo, havia integrantes do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e associações comerciais e industriais de Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires, além de algumas empresas de ferramentaria.
Também enviaram representantes a Caixa Econômica Federal, Conselho Regional de Economia (Corecon), Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Na reunião, ficou definido que os agentes do setor farão novo encontro na próxima sexta-feira (19/7), quando será formatado um documento técnico que será protocolado no Ministério da Economia. Esse mesmo texto será encaminhado ao presidente do Consórcio ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra, que junto com os demais chefes dos Executivos municipais planejam ir à Brasília para uma agenda com o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pelo programa Rota 2030.
“A ideia é que nosso pleito chegue até ao presidente Jair Bolsonaro. Não tem sentido o Grande ABC perder um equipamento para desenvolvimento do setor da ferramentaria. A região tem todas as potencialidades e estrutura técnica para receber um polo tecnológico voltado ao setor, e o Governo Federal precisa saber disso”, afirmou o secretário-executivo do Consórcio ABC, Edgard Brandão.
Rota 2030
O Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística é parte da estratégia elaborada pelo Governo Federal para desenvolvimento do setor automotivo no país, e compreende regramentos de mercado, o regime automotivo sucessor do Programa Inovar-Auto, encerrado em 31 de dezembro de 2017, e um regime tributário especial para importação de autopeças sem produção nacional equivalente.
A ação federal guarda como objetivo ampliar a inserção global da indústria automotiva brasileira por meio da exportação de veículos e autopeças. A proposta é que este movimento de inserção global seja progressivo, permitindo que ao final da vigência do programa o país esteja inteiramente inserido e no estado das artes da produção global de veículos automotores.
O programa também possui como pressupostos princípios de sustentabilidade ambiental e cidadania. De forma complementar, as políticas de estímulo à pesquisa e desenvolvimento (P&D) visam dotar as empresas de instrumentos para que possam alcançar as metas a serem estabelecidas, além de lhes conferir condições de competitividade para que tais atividades possam ocorrer no País.
Dentro do Rota 2030, está previsto um centro nacional de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria. É esse programa que o Consórcio ABC luta para trazer para a região. O equipamento tem potencial para gerar aproximadamente 300 empregos diretos.