Doria volta a fazer críticas a Bolsonaro
Diferentemente do presidente Bolsonaro, que pede a volta dos cidadãos brasileiros ao trabalho, o governador de São Paulo tem defendido o isolamento social para frear o avanço da covid-19
- Data: 06/04/2020 14:04
- Alterado: 06/04/2020 14:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Não pauto minhas ações por populismo. Pauto pela verdade e pela ciência
Crédito:Governo do Estado de São Paulo
Durante anúncio da prorrogação da quarentena no Estado, Doria voltou a criticar Bolsonaro. “Não pauto minhas ações por populismo. Pauto pela verdade e pela ciência. Todas as iniciativas de São Paulo são amparadas na ciência e opinião médica”, disse o tucano.
“Temos que nos afastar dos que pregam o ódio, que não assumem o interesse maior que é salvar as vidas. No Brasil, defendem o isolamento social o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandeta, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o vice-presidente, Hamilton Mourão. Será que a Organização Mundial da Saúde está errada? Será que ministros e secretários de Saúde de 56 países do mundo estão errados? Será que um único presidente da República no mundo é o certo?”, disse.
E continuou: “Aqueles que incentivam a vida normal, que pressionam o prefeito da capital e que me pressionam pelo whatsapp, por cartas e que violam os princípios da Medicina, a eles eu pergunto: vocês estão preparados para os caixões com as vítimas do coronavírus? Vocês que defendem a abertura, aglomerações, que minimizam a crise gravíssima em que estamos, vão enterrar as vítimas? Depois de salvar vidas, vamos salvar a Economia”, afirmou Doria.
Prorrogação
Doria prorrogou a quarentena em São Paulo para conter o avanço do novo coronavírus por mais 15 dias. A quarentena começou em São Paulo no dia 24 de março e teria validade até esta terça-feira, dia 7, mas foi prorrogada até o dia 22 deste mês. O anúncio foi feito em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta segunda-feira, 6, e participaram dela diversos médicos, entre eles David Uip, chefe do Centro de Contingência da Coivd-19, que estava afastado por ter sido infectado pelo vírus.