Itaú Cultural Play inaugura mostras temáticas com filmes de Marcelo Gomes

A Itaú Cultural Play soma a seu catálogo uma mostra que reúne parte da produção audiovisual brasileira contemplada pelo Rumos Itaú Cultural

  • Data: 09/12/2021 13:12
  • Alterado: 09/12/2021 13:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural Play
Itaú Cultural Play inaugura mostras temáticas com filmes de Marcelo Gomes

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A partir de 10 de dezembro (sexta-feira), a plataforma de streaming do cinema e audiovisual brasileiro Itaú Cultural Play – www.itauculturalplay.com.br – acrescenta mais duas mostras especiais ao seu catálogo. Considerado um dos principais cineastas pernambucanos da atualidade, Marcelo Gomes passa a ter seus primeiros curtas-metragens disponíveis na programação: Maracatu, maracatus e Clandestina felicidade. Em outro recorte, a plataforma abre espaço para documentários selecionados pelo programa Rumos Itaú Cultural, um dos principais editais de fomento à cultura e artes brasileiras do país. Destaque para Carrapateira não tem mais ciúmes da Apolo 11, de Fabiano Maciel, Margem, dirigido por Maya Da-Rin, e Sertão de acrílico azul piscina, com direção compartida entre e Gomes e o cineasta cearense Karim Aïnouz.  

Mostra Marcelo Gomes

A obra do diretor e roteirista pernambucano se debruça sobre a fronteira entre o antigo e o contemporâneo, o regional e o global, o passado e o futuro. Tais elementos permeiam a sua produção e já podem ser observados nesta seleção que apresenta seus primeiros filmes. 

Estreia de Gomes, Maracatu, maracatus é um curta-metragem que incorpora características do documentário e da ficção. Premiada no Festival de Brasília, a obra retrata as diferenças culturais existentes entre gerações de integrantes de um maracatu rural. A partir de histórias contadas por um mestre do maracatu, um músico de rock e o filho de um famoso caboclo, o filme traz um retrato histórico, denso e profundo sobre esta manifestação cultural que combina religião e resistência. 

Outra produção dirigida por ele, em parceria com o diretor Beto Normal, é o curta-metragem Clandestina felicidade. O roteiro mescla elementos históricos da década de 1930 e da biografia da escritora Clarice Lispector, que, recém-chegada do Leste Europeu com a família, viveu parte de sua infância em Recife, cidade natal do diretor. Em uma livre adaptação do conto Felicidade clandestina, de Clarice, o curta-metragem tem como enredo o olhar curioso e perplexo de uma menina na descoberta do mundo, dos relacionamentos, da literatura, em meio às paisagens de um Recife provinciano e ao mesmo tempo cosmopolita da época. 

A trajetória de Marcelo Gomes pode ser conferida no verbete da Enciclopédia Itaú Cultural sobre o cineasta, em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa13948/marcelo-gomes 

Mostra RUMOS – Por Dentro do Brasil

Também fica disponível para assistir gratuitamente na plataforma de streaming Itaú Cultural Play uma seleção inicial de cinco documentários, que mostram fronteiras desconhecidas, regiões e realidades pouco exploradas no país. Com curadoria de Roberto Cruz, este recorte revela imagens e verdades sobre um Brasil que poucos conhecem ou que caíram no esquecimento. 

Destaque para Sertão de acrílico azul piscina, também dirigido por Marcelo Gomes em parceria com o cineasta cearense Karim Aïnouz.  O documentário navega pelo Nordeste brasileiro e os diretores unem suas experiências pessoais com dados reais para realizar uma pesquisa sensorial sobre espaço, tempo, história e cultura, fazendo uma revisão do conceito de sertão, tão explorado na cinematografia nacional. Essa produção deu origem ao longa-metragem Viajo porque preciso, volto porque te amo, também realizado pela dupla de cineastas em 2009. 

No filme Margem, dirigido por Maya Da-Rin, uma embarcação navega pelo Rio Amazonas. Passadas três noites, sai da fronteira entre Brasil e Colômbia e vai rumo à cidade de Iquitos, no Peru. Aos poucos, pessoas, paisagens e portos da região ganham cada vez mais características, assim como a margem se revela para a câmera. Exibido em importantes festivais de documentário em Cuba, Itália, Rússia e Alemanha, o documentário incorpora o ritmo e o balanço das águas do segundo maior rio do mundo para este registro da realidade ribeirinha amazônica.  

Em Herança de Mar, os moradores da vila de Garapuá, na Bahia, falam sobre sua conexão com a natureza, a importância de preservar a própria cultura e as dificuldades sofridas por pescadores e pescadoras diante do enfraquecimento da atividade. Realizado por crianças e jovens em uma oficina do projeto comunitário Cinema e Sal, este documentário parte de um ofício para refletir sobre a relação da população com o meio ambiente, sobre questões intergeracionais, os riscos do apagamento da cultura local e a iniciativa de capacitar a população para utilizar o cinema como forma de resistência.  

Dirigido por Camilo Cavalcante e Cláudio Assis, o documentário Eu vou de volta acompanha os viajantes e migrantes que atravessam o país em busca de uma nova vida. Enquanto um ônibus clandestino vai de Caruaru para São Paulo, outro faz o caminho oposto. Neste trajeto entre uma das cidades mais ricas do país e a maior cidade do agreste pernambucano, cruzam-se esperanças, decepções, desejos e realidades. 

No enredo do filme observa-se que pessoas vão e voltam, mas os receios e perspectivas de uma vida melhor confundem-se, não importando o destino. Mais do que isso, com uma linguagem e estética muito simples, o documentário destaca a realidade dos indivíduos, dessas duas cidades e, principalmente, os contrates de um país como o Brasil. 

Para completar a lista, Carrapateira não tem mais ciúmes da Apolo 11 relaciona e contrapõe um grande feito tecnológico da humanidade com a pobreza de uma cidade, expondo como progresso, sonhos e conquistas podem ser bastante relativos.  Dirigido por Fabiano Maciel, o filme recorda que, em 1969, Carrapateira, PB, foi considerada uma das cidades mais carentes do Brasil. No mesmo ano, a tripulação da Apolo 11 pisava o solo lunar pela primeira vez. Passados mais de 30 anos, o documentário mostra como vive o povo de Carrapateira hoje e relaciona a conquista da Lua com sonhos de progresso e prosperidade no sertão nordestino.

Itaú Cultural Play – novos lançamentos

10 de dezembro de 2021 (sexta-feira)

Em www.itauculturalplay.com.br

MOSTRA MARCELO GOMES

Maracatu, maracatus (1995)

Duração: 14 min

Classificação indicativa: livre (arma sem violência)

Clandestina felicidade (1998)

Duração: 15 min

Classificação indicativa: livre 

MOSTRA RUMOS – POR DENTRO DO BRASIL

Sertão de acrílico azul piscina (2004)

Duração: 26 min

Classificação indicativa: livre

Margem (2007)

Duração: 54 min

Classificação indicativa: 12 anos (violência contra animais)

Herança de Mar (2016)

Duração: 11 min

Classificação indicativa: livre

Eu vou de volta (2007)

Duração: 54 min

Classificação indicativa: livre

Carrapateira não tem mais ciúmes da Apolo 11 (2004)

Duração: 59 min

Classificação indicativa: 12 anos (violência)

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  • Data: 09/12/2021 01:12
  • Alterado:09/12/2021 13:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural Play









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