Visitas virtuais em hospitais de custódia continuam

A ação, que teve início durante a pandemia de Covid-19, foi mantida neste ano e é uma alternativa de contato entre pacientes e familiares

  • Data: 02/09/2022 15:09
  • Alterado: 15/08/2023 23:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secretaria da Administração Penitenciária
Visitas virtuais em hospitais de custódia continuam

Visitas virtuais em hospitais de custódia continuam

Crédito:Divulgação/SAP

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A Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário (CSSP) manteve, neste ano, as visitas virtuais nos Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTPs) da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). A ação, que teve início durante a pandemia da Covid-19, deve aumentar nos hospitais e serve como alternativa para a aproximar familiares e pacientes.

Durante as restrições sociais impostas pela proliferação do Coronavírus, as cerca de um milhão de visitas mensais registradas aos privados de liberdade foram suspensas. Isso não foi diferente nos HCTPs, que encontraram nas visitas virtuais uma experiência positiva na atenção aos pacientes.  Os números demonstram a importância dessa alternativa, que contribui no processo de reabilitação do paciente, especialmente no estreitamento dos vínculos afetivos.

No ano passado, no HCTP I de Franco da Rocha, ocorreram 1.709 visitas virtuais e neste ano, até o mês de julho, foram 1.222. No HCTP II de Franco da Rocha, no ano de 2021 ocorreram quatro visitas virtuais e no ano de 2022, também até julho, foram realizadas 77 visitas. Já no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Taubaté, no ano de 2021, ocorreram 1.297 visitas virtuais e até o mês de julho deste ano foram 427.

As visitas são realizadas por meio de videoconferência, permitindo o contato visual e sonoro entre pacientes e visitantes. A solução virtual possibilita, por exemplo, que parentes que morem longe, reforcem os vínculos com o interno auxiliando assim no seu retorno à sociedade após o cumprimento da medida de segurança.

Para a diretora do HCTP II de Franco da Rocha, Luciana Corradine Nabas Candotta, a oportunidade de visualizar, de conversar, de manter o contato afetivo, mesmo distante, oferece ao familiar um feedback da melhora do paciente e da estabilidade do quadro de transtorno mental, demonstrando a importância do tratamento. “Este cuidado alivia dores psicológicas e ameniza quadros de estresse e traumas que este núcleo familiar pode carregar.  É uma ferramenta importante que permite acompanhar os pacientes de forma individual e proporcionar a inserção da família no autocuidado, além disso, promove a aproximação”, ressaltou Luciana.

Outro ponto importante é que a manutenção dessa tecnologia no dia a dia dos HCTPs se mostrou eficaz, já que familiares que não realizavam a visitação presencial, passaram a efetuar a virtual, isso porque tal modalidade trouxe uma redução de custos principalmente com o deslocamento. Isso elimina a questão da dificuldade financeira de muitos destes núcleos familiares.

Segundo Adriano César Maldonado, diretor do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Taubaté, a importância das visitas virtuais é expressiva, pois há “redução de custos econômicos”. “É de conhecimento que muitas famílias de pacientes vivem em situação de vulnerabilidade social, não tendo recursos financeiros para se locomover e a unidade possui as ferramentas necessárias para a realização das visitas de forma virtual”, esclarece Maldonado.

As videoconferências acontecem em salas que garantem tanto a segurança dos hospitais, como a privacidade dos usuários. Só pode usar a ferramenta o familiar que estiver cadastrado no rol de visitas dos pacientes.

Para o diretor HCTP I de Franco da Rocha, Luiz Henrique Negão, o principal benefício trazido pela visita virtual continuada foi na questão comportamental.  “O Núcleo de Assistência Social e Psicologia da unidade têm relatado significantes melhoras nestes pacientes, pois além de resgatarem muitos vínculos outrora rompidos ou frágeis, houve melhora nos quadros emocionais destes, face ao “reencontro” com os entes queridos, o que proporciona a eles uma atmosfera de aconchego, carinho, acolhimento, pertencimento, alegria, incentivo e estímulo, já que se sentem novamente integrados no seio familiar”, completou Negrão.

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  • Data: 02/09/2022 03:09
  • Alterado:15/08/2023 23:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secretaria da Administração Penitenciária









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