Vias onde radares foram instalados representam 30% dos acidentes em Diadema
Entre 2019 e 2022, ruas e avenidas agora monitoradas registraram 1.438 acidentes e 35 mortes
- Data: 26/05/2023 15:05
- Alterado: 26/05/2023 15:05
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Crédito:Dino Santos
As ruas e avenidas onde a Secretaria de Mobilidade e Transportes instalou radares de fiscalização de velocidade foram responsáveis por 30,28% dos acidentes com vítimas registrados em Diadema entre 2019 e 2022.
Levantamento realizado pela secretaria, e que compôs estudo para a colocação de equipamentos de inspeção de velocidade, mostra que, entre 2019 e 2022, essas vias registraram 1.438 acidentes. Desses, 35 com óbitos (25% do total de óbitos no trânsito em toda a cidade no período).
O Plano de Mobilidade Urbana de Diadema trouxe um olhar pró-vida no trânsito da cidade, invertendo a lógica antiga de valorização do transporte individual. O planejamento prevê a construção de 100 km de ciclofaixas e ciclovias nos próximos 10 anos, e instalação de corredores exclusivos e preferenciais de ônibus para preservar a vida de pedestres e ciclistas.
As primeiras ações tomadas ainda em 2021 mostraram a redução do número de óbitos no trânsito em Diadema. Entre 2019 e 2020, foram computados 85 óbitos relacionados a acidentes de trânsito na cidade. Entre 2021 e 2022, foram 55 acidentes fatais, queda de 35% – conforme dados do Infosiga, sistema de monitoramento do Governo do Estado.
“No trânsito, sempre vamos pensar nas vidas das pessoas. Estudos mostram que a redução da velocidade em avenidas aliada com a devida fiscalização são importantes medidas para diminuição do número de óbitos. O nosso papel, enquanto gestor público, é cuidar da vida de cada cidadão de Diadema”, sustentou o secretário de Mobilidade e Transportes, Vanderly Lima. O secretário lembrou que não há radares móveis na cidade.
Estudo da Secretaria de Mobilidade e Transportes indica que, entre janeiro de 2015 e abril de 2023, foram 287 óbitos no trânsito. Desse total, 146 (ou 51%) foram de pedestres ou ciclistas. Vítimas fatais em motocicletas somaram 103, 36% do total. Apenas 38 vítimas fatais estavam em automóveis ou caminhões, 13% do total. Do total de óbitos, 132 (46%) ocorreram em atropelamentos.
Em Diadema, são 43 radares, entre os de controle de velocidade e os semáforos que fiscalizam a velocidade juntamente com avanços no sinal vermelho. Esse número é inferior ao de cidades do Grande ABCD, como São Bernardo (110 radares), Santo André (80) e Mauá (45).
A instalação desses equipamentos foi feita com base nos estudos dos acidentes de trânsito e também por indicações de vereadores, que apresentaram sugestões de moradores dos bairros.
Trecho do estudo que balizou a instalação de fiscalização de velocidade aponta: “É necessário ter em conta que os acidentes não fatais, apresentando vítimas com lesões leves ou graves, são indicadores de potenciais ocorrências com vítimas fatais. E, além disso, de acordo com o Senado, em 2017, as infrações como dirigir embriagado e acima da velocidade permitida renderam cerca de R$ 9 bilhões aos cofres públicos e, de acordo com a AutoInforme, os acidentes de trânsito geraram um custo de R$ 56 bilhões aos cofres públicos no mesmo ano, uma conta que não fecha”.