Via Streaming – “Os Irregulares de Baker Street” – Os sabidos são outros
Com mais uma série do universo de Sherlock Holmes, “Os Irregulares de Baker Street” se diferencia de outras produções semelhantes da Netflix por seu tom sobrenatural
- Data: 24/03/2021 08:03
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Kreitlon Pereira
- Fonte: Via Streaming
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O endereço 221B Baker Street certamente é um dos mais famosos do mundo. Lar do célebre detetive Sherlock Holmes, é onde se passa grande parte das aventuras criadas por Sir Arthur Conan Doyle, autor mais conhecido da literatura criminal. Mesmo mais de cem anos depois da publicação do primeiro livro de Sherlock, a história do detetive continua sendo explorada por diversos filmes e séries, cada um com uma abordagem diferente sobre a narrativa. Um dos mais recentes, por exemplo, foi o original da Netflix “Enola Holmes”, que contava a história da irmã de Sherlock, uma personagem inventada. Porém, na produção “Os Irregulares de Baker Street” – também original do serviço de streaming e que estreia dia 26 de março –, os personagens de fato foram criados por Doyle.
A série é ambientada em Londres da época vitoriana e acompanha um grupo de jovens pobres que formam uma espécie de gangue de detetives. Manipulados pelo misterioso Dr. Watson, o grupo ajuda a solucionar crimes, porém nunca levam crédito pelas suas descobertas. Em vez disso, é Sherlock – que não aparenta ser mais do que um fantoche de Watson com seu estado mental deteriorado – que ganha a fama de melhor detetive de todos. Além disso, “Os Irregulares de Baker Street” é uma produção mais voltada para o terror, muito por incrementar elementos paranormais à trama. Sendo assim, à medida que surge uma força assustadora e sobrenatural, os jovens detetives se tornam a única esperança de sobrevivência da cidade.
Nos livros de Doyle, os “irregulares” são um grupo de crianças que, liderados por Wiggins (o mais velho de todos), viviam pelas ruas de Londres e trabalhavam para Sherlock como uma espécie de espiões em troca de moedas. A gangue aparece em livros como “Um Estudo em Vermelho” e “O Signo dos Quatro”, sempre fazendo pequenos serviços para o detetive. Já na produção da Netflix há uma maior liberdade criativa, não só por estar ambientada no universo de Sherlock e não o colocar como protagonista (que na verdade é tratado como um grande farsante), mas também por incluir mulheres e minorias entre todo o elenco – inclusive na gangue de detetives mirins.