Via Streaming – Dica da Semana: “The White Lotus”
Por trás das repetições na vida em um resort paradisíaco no Havaí está uma crítica bem mais profunda sobre a manutenção de privilégios; assista no HBO Max
- Data: 28/12/2022 09:12
- Alterado: 22/08/2023 20:08
- Autor: Kreitlon Pereira
- Fonte: Via Streaming
Crédito:
Com praias e resorts paradisíacos, o Havaí é um ponto turístico muito procurado, principalmente por aqueles que desejam fugir um pouco da loucura da vida nas cidades grandes. Apesar dos turistas serem um aspecto importante, são as pessoas que trabalham e vivem nesses hotéis de luxo – muitas vezes ignoradas – que são as peças-chaves da série original da HBO Max “White Lotus”. Atualmente com duas temporadas disponíveis na plataforma de streaming, a minissérie foi lançada em 2021 e já foi indicada a diversos prêmios Emmy, incluindo o de Melhor Roteiro em Minissérie, sendo a líder de indicações da premiação no ano de 2022.
O enredo todo se passa em um resort no Havaí e acompanha um grupo de hóspedes e de funcionários em suas atividades cotidianas. Apesar de ser um destino paradisíaco, todos os dias alguma confusão acontece com os personagens ou com o próprio local do resort, o que cria uma série de narrativas paralelas e interessantes na história. Tal fato permite com que cada personagem tenha o seu momento de destaque ao longo da trama, o que torna difícil o trabalho de apontar um protagonista. Mas, se essa fosse uma tarefa necessária, o gerente do hotel Armond (Murray Barlett) e a chefe do spa Belinda (Natasha Rothweel), certamente teriam grande destaque.
Os dois personagens estão envolvidos na maior parte das histórias paralelas que ocorrem na série, uma vez que grande parte da responsabilidade do Resort está nas mãos de Armond – que precisa se desdobrar para atender as demandas dos clientes. Além disso, uma hóspede acaba se afeiçoando a Belinda e sempre a coloca em situações delicadas. Mais do que uma série de comédia, “White Lotus” é uma dura crítica ao privilégio branco e atrai a atenção para a repetição de padrões opressores (de classe, raça, sexualidade etc) que se mantém presente na sociedade atual.