Via Streaming – Dica da Semana: “Pose”
Com uma importante representatividade dentro e fora de cena, “Pose” é uma verdadeira aula de história sobre a comunidade LGBTQIAPN+
- Data: 12/06/2024 08:06
- Alterado: 12/06/2024 08:06
- Autor: Redação
- Fonte: Kreitlon Pereira/Via Streaming
Pose
Crédito:Divulgação
Ryan Murphy é um dos produtores mais bem-sucedidos da indústria audiovisual norte-americana dos últimos anos. Com produções de grande destaque como “Glee” e “American Horror Story”, Murphy sempre inseriu personagens de minorias sociais em suas histórias. Porém, foi em 2018, com a série “Pose”, que ele abraçou um dos seus projetos mais ambiciosos e mais elogiados, apesar da dificuldade inicial de colocá-lo no ar. Disponível no Star+, a série se passa em Nova Iorque (Estados Unidos) das décadas de 1980/90 e conta a história de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ envolvidas na cena do “ballroom”, movimento artístico e cultural ambientado em uma grande festa.
Em “Pose”, a protagonista Bianca (Michaela Jaé Rodriguez) é uma mulher transexual que decide abrir a Casa Evangelista, como eram conhecidos os espaços onde aconteciam os ballrooms, depois de descobrir ser soropositiva. Mais do que o espaço físico da festa, as Casas também eram locais de acolhimento de jovens da comunidade LGBTQIAPN+ que haviam sido expulsos de suas casas. Na série, a casa de Bianca vai acolher os personagens Angel (Indya Moore), que trabalha como prostituta, e Damon (Ryan Jamaal Swain), que foi expulso de casa pelos pais religiosos e sonha em se tornar um dançarino profissional.
Além de constituírem uma verdadeira família, as casas também participavam de concursos organizados em bailes da comunidade, nos quais poderiam ganhar troféus e prêmios em dinheiro dependendo do seu desempenho nas categorias disputadas. “Pose” é uma série com diversos núcleos narrativos. Apesar de focar bastante no embate entre as casas Abundance (uma das mais vitoriosas e de onde Bianca saiu) e Evangelista, a produção também se aprofunda nos dramas pessoais dos seus personagens, nos bastidores do glamour e brilhos presentes nos ballrooms. Mesmo com origens distintas, todos os personagens têm em comum a marginalização social, a ameaça constante de morte, a busca pela aceitação e pelo amor.