Via Streaming – Dica da Semana: “Black Is King”
Beyónce aprofunda as questões da ancestralidade e cultura negra em seu segundo álbum visual
- Data: 09/12/2020 10:12
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Kreitlon Pereira
- Fonte: Via Streaming
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Um dos nomes mais famosos da indústria musical nas últimas décadas, Beyónce é um ícone que coleciona premiações e fãs ao redor do mundo. Com uma carreira de mais de vinte anos, a artista norte-americana conseguiu se manter entre as personalidades mais influentes do mundo pop até os dias de hoje. Seu enorme sucesso se deve não só ao seu talento como cantora e dançarina, mas também como criadora de um conteúdo revolucionário. Em suas canções, Beyónce não tem medo de abordar questões de raça e gênero, mostrando seu engajamento com as causas feministas e do movimento negro. Com “Lemonade” (2016), a cantora inaugurou uma nova etapa em sua carreira: a produção de álbuns visuais. Em uma indústria cada vez mais focada em singles, apresentar um disco como um longa cinematográfico parece uma loucura. Mas se tem alguém que conseguiria fazer essa ideia funcionar, esse alguém é Beyónce. Foi tão bem-sucedida que, em 2020, foi lançado “Black Is King“, seu segundo álbum visual. A produção de 85 minutos, que foi lançada com exclusividade para a Disney Plus, teve a participação de artistas africanos e demorou um ano para ser completada, tendo sido gravada em diversos países.
“Black Is King” é uma releitura da história de “Rei Leão“, o clássico desenho animado que teve sua versão em live-action lançada em 2019. Tanto o remake quanto o álbum visual têm como trilha sonora o álbum “The Lion King: The Gift“, feito pela própria Beyónce. Por meio das músicas, danças e dos ritos narrados pela cantora, “Black Is King” traz o conto infantil para a contemporaneidade, humanizando os personagens e dando a eles mais propósito e personalidade. Com uma produção visual incrível, “Black Is King” é uma obra que busca a exaltação da cultura, da beleza e da ancestralidade negra, mostrando que a história do continente e dos povos africanos não começa na escravidão.