Verão termina como o mais quente em dez anos em São Paulo

Temperatura média na estação até esta segunda-feira (18) foi 30,1°C; outono começa no início da madrugada desta quarta-feira (20)

  • Data: 19/03/2024 10:03
  • Alterado: 19/03/2024 10:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fábio Pescarini e Lucas Lacerda/Folhapress
Verão termina como o mais quente em dez anos em São Paulo

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Com despedida marcada para esta quarta-feira (20), o verão iniciado no fim de 2023 foi o mais quente em dez anos e o terceiro com maior média de temperatura máxima já registrada na cidade de São Paulo pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Os dados são catalogados desde 1961, conforme federal o órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária.

A temperatura média até esta segunda-feira (18) foi de 30,1°C, empatada com a da estação entre 1998 e 1999 e atrás da registrada em 1997 e 1998, 30,3°C, e a do período entre 2013 e 2014, de 31,2°C.

O índice não conta a medição que será feita nesta terça-feira (19), o último dia do verão paulistano.

O fim do verão – oficialmente, o outono começa às 0h06 desta quarta-feira – ocorre em meio a uma onda de calor.

Pelas normas do instituto, para ser uma onda de calor, a temperatura precisa ficar 5°C acima da média de três a cinco dias e em uma grande área.

Uma massa de ar quente, que ganhou força na semana passada na região do Chaco Paraguaio e no norte da Argentina, se deslocou para o sudeste, impedindo a formação de frentes frias. Assim, os termômetros dispararam.

“Este sistema age como uma ‘tampa’ na atmosfera, inibindo a formação de nuvens e comprimindo o ar de forma a deixá-lo mais quente e seco nas camadas mais baixas, resultando na atuação da onda de calor”, informou o instituto.       

Com 34,7°C, a cidade de São Paulo teve no último sábado (16) o dia mais quente de 2024 e a maior temperatura para o mês de março em ao menos 81 anos – a comprovação do dado foi feita às 15h na estação meteorológica do mirante de Santana, na zona norte, onde é realizada a medição oficial do município.

Até então, o dia mais quente para um mês de março havia sido registrado em 2012, com 34,3º, marca igualdada cinco vezes neste ano, sendo duas delas na semana passada e outra no domingo (17) – as demais ocorreram em janeiro.

Na semana passada, o Inmet chegou a colocar São Paulo e outros quatro estados em alerta vermelho, de grande perigo, por causa do calor acima da média.

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da Prefeitura de São Paulo, mantém 32 estações meteorológicas espalhadas em todas as regiões e divulgou temperaturas ainda mais elevadas.

De acordo com o órgão municipal, a maior máxima absoluta de 2024 foi registrada em 9 de janeiro, com 36,4°C, e foi medida nas estações da Mooca e da Vila Mariana, nas zonas leste e sul, respectivamente.

Ainda de acordo com o CGE, a último domingo (16) teve a madrugada mais abafada deste ano, com média de 23,8°C na cidade.

Somente no domingo, a prefeitura afirma ter distribuído 47.331 itens, entre água, sucos e frutas, nas tendas do programa Altas Temperaturas, que são montadas toda vez que a previsão na cidade é de marcações acima de 32ºC.

Mas o verão multiplicou temperaturas elevadas desde seu início, em 22 de dezembro do ano passado.

No dia 29 daquele mês, por exemplo, a cidade registrou o dia mais quente para dezembro em 25 anos, quando a estação meteorológica do mirante de Santana registrou 34,9ºC.

Aquela havia sido a segunda temperatura mais alta para o período, perdendo apenas para o dia 3 de dezembro de 1998, quando o índice chegou a 35,6°C.

O dia 29 de dezembro teve a maior máxima do verão. A marca, de 34,9ºC, foi quinta do ranking histórico, para a estação na capital paulista, desde que a medição é feita pelo Inmet, a partir de 1943.

O outono chega com uma frente fria, mas isso não é suficiente para refrescar o calorão logo de cara. A temperatura só deverá ficar abaixo dos 30ºC na sexta-feira, quando o instituto prevê máxima de 25ºC.

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  • Data: 19/03/2024 10:03
  • Alterado:19/03/2024 10:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fábio Pescarini e Lucas Lacerda/Folhapress









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