Valor médio do Bolsa Família em São Paulo chega a R$ 707, maior já registrado no estado
São 2,57 milhões de famílias contempladas pelo programa do Governo Federal em junho, maior número do país. Investimento para pagamento no mês é de R$ 1,8 bilhão
- Data: 19/06/2023 11:06
- Alterado: 31/08/2023 23:08
- Autor: Redação
- Fonte: Governo Federal
Crédito:Roberta Aline / MDS
O início do pagamento do Bolsa Família em junho de 2023, nesta segunda-feira, 19/6, traz uma série de ineditismos em São Paulo. Pela primeira vez, o valor médio de repasse às 2,57 milhões de famílias beneficiárias no estado (maior número de contemplados do país) supera os R$ 700. São R$ 707,27 levando em conta os 645 municípios atendidos pelo programa. Em maio, a média foi de R$ 678,25. O repasse total do Governo Federal é de R$ 1,8 bilhão, mais de 70 milhões a mais em relação ao mês anterior.
A novidade que justifica o aumento dos números é a entrada em vigor do Benefício Variável Familiar. Ele garante um adicional de R$ 50 a gestantes e a crianças e adolescentes de 7 a 18 na composição familiar. Em São Paulo, são 111 mil gestantes, 1,58 milhão de crianças de 7 a 11 anos e 285 mil adolescentes (12 a 17 anos), um investimento de R$ 95,8 milhões.
O Bolsa Família garante o mínimo mensal de R$ 600 a cada família. Desde março, também assegura um adicional de R$ 150 a cada criança de zero a seis anos na composição familiar (Benefício Primeira Infância). Em junho, são 1,2 milhão de crianças nessa faixa etária em São Paulo, e um aporte de R$ 177 milhões.
A capital paulista é que a reúne o maior número de beneficiários do Bolsa Família no estado. São 728 mil, a partir de um investimento de 512 milhões. Na sequência aparecem Guarulhos (109 mil famílias), Campinas (61 mil), Osasco (46 mil) e São José dos Campos (45 mil).
O recorde de valor médio no estado foi registrado em União Paulista, com R$ 766,23. Tejupá (R$ 759,43) e Severínia (R$ 759,16) completam a lista dos três municípios com maior valor médio registrado em junho.
NACIONAL – O Bolsa Família atinge em junho dois patamares inéditos: pela primeira vez o valor médio do benefício supera a casa dos R$ 700 e chega a R$ 705,40. Os repasses do Governo Federal são os maiores já realizados: quase R$ 15 bilhões. O total de famílias manteve-se no patamar de maio: 21,2 milhões. O número de pessoas contempladas chega a 54,6 milhões.
O Benefício Variável Familiar, que assegura o adicional de R$ 50 a dependentes de sete a 18 anos e a gestantes, chega a 15,7 milhões de contemplados em junho, a partir de um investimento de R$ 766 milhões. Nesse universo estão 943 mil gestantes (investimento de R$ 46 milhões) e 14,8 milhões de crianças e adolescentes (R$ 720 milhões).
Ao Benefício Variável Familiar soma-se o Benefício Primeira Infância, que desde março já garante um adicional de R$ 150 a cada criança de zero a seis anos na família. São 9,12 milhões de crianças nessa faixa etária em junho, que demandam um investimento de R$ 1,3 bilhão.
REGIÕES – O Nordeste concentra o maior número de beneficiários. Em junho, mais de 9,74 milhões de famílias da região recebem o auxílio no valor médio de R$ 696,76. O investimento federal para os nove estados supera R$ 6,79 bilhões. Os recursos chegam aos 1.794 municípios.
Em seguida aparece o Sudeste, com 6,32 milhões de famílias contempladas em seus 1.668 municípios dos quatro estados. Serão transferidos R$ 4,42 bilhões, que asseguram um valor médio de R$ 700,26.
O Norte reúne 2,58 milhões de famílias no programa. Elas recebem um benefício médio de R$ 740,37 (o maior do país), distribuído em todos os 450 municípios dos sete estados, com um aporte de R$ 1,9 bilhão. O Sul soma 1,42 milhão de famílias beneficiárias. Os recursos, de R$ 1,01 bilhão, chegam aos 1.191 municípios e asseguram um valor médio de R$ 711,28.
Já a Região Centro-Oeste tem 1,13 milhão de famílias contempladas, resultado de um investimento federal de R$ 814,92 milhões. O benefício médio a ser pago em todos os 466 municípios dos quatro estados, além do Distrito Federal, é de R$ 721,16.
ESTADOS – No recorte por Unidades da Federação, São Paulo é o estado com maior número de famílias assistidas. São 2,575 milhões, com repasses superiores a R$ 1,82 bilhão e benefício médio de R$ 707,27. Na sequência aparece a Bahia, com 2,569 milhões de famílias contempladas, resultado de um investimento de R$ 1,76 bilhão. Apenas São Paulo e Bahia têm mais de dois milhões de famílias contempladas em todo o país.
Outros seis estados reúnem mais de um milhão de famílias beneficiárias em junho: Rio de Janeiro (1,82 milhão), Pernambuco (1,67 milhão), Minas Gerais (1,61 milhão), Ceará (1,49 milhão), Pará (1,35 milhão) e Maranhão (1,23 milhão).
COMPOSIÇÃO – A predominância no Bolsa Família é de famílias monoparentais femininas e com filho ou filhos, característica presente em mais de 10,14 milhões de lares, ou 47,81% das famílias assistidas. No programa, 17,3 milhões das famílias têm como responsável uma mulher (81,5%). No recorte por raça ou cor, 40 milhões de beneficiários se identificam como pretos ou pardos: 73,4%.
AUXÍLIO GÁS – Em junho, o Governo Federal paga também, no mesmo calendário do Bolsa Família, o Auxílio Gás a beneficiários em maior condição de vulnerabilidade social. No estado de São Paulo, 729 mil famílias recebem o benefício no valor de R$ 109. O investimento é de R$ 79 milhões. Em todo o país são 5,62 milhões de famílias, com o investimento federal de R$ 612,9 milhões.