Uso de remédios para depressão é foco de seminário em Diadema
O curso, fruto da parceria entre Secretaria de Saúde e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), teve início em 22 de março e os encontros ocorrem uma vez por mês
- Data: 24/05/2019 16:05
- Alterado: 24/05/2019 16:05
- Autor: Renata Nascimento
- Fonte: PMD
Crédito:Thiago Benedetti
A Prefeitura de Diadema realizou na manhã desta sexta-feira (24/05), mais uma roda de conversa sobre tratamento farmacológico informado por evidências voltado para médicos, farmacêuticos e enfermeiros da rede municipal. O tema deste mês foi o tratamento de depressão na Atenção Básica e reuniu mais de 100 pessoas no auditório do Quarteirão da Saúde.
A depressão é um dos problemas de saúde mental mais comuns no mundo. Dentre as consequências da doença estão o aumento de morbidade, o absenteísmo e a redução do desempenho laboral e escolar. “Essa situação representa um ônus econômico com acréscimo de consultas, gastos com medicamentos, eventuais hospitalizações e o suicídio, que é mais grave. A questão principal é cuidar melhor das pessoas, proporcionar mais qualidade de vida, já que o medicamento não é a única opção”, explica a responsável pela Assistência Farmacêutica no município, Karina Santos Rocha.
Para estimular a discussão, a farmacêutica convidada, Daniela Melo, abordou temas como situações consideradas naturais e não necessariamente um quadro de doença depressiva, quando iniciar e quais os recursos para tratamento, além do projeto terapêutico. “É preciso fazer o que é possível dentro das alternativas disponíveis, direcionando psicoterapia, medicamentos e Práticas Integrativas e Complementares (PICs) para cada caso”, lembrou a professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com pós doutorado em Saúde Pública.
Para situações em que há indicação médica para uso de remédios, o município possui a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME), que conta com aproximadamente 400 itens de uso ambulatorial e hospitalar e são dispensados gratuitamente à população.
Para atender moradores com depressão e outros transtornos mentais, a Prefeitura oferece uma Rede de Atenção Psicossocial de Diadema (RAPS) que reúne três CAPSs tipo III, um CAPS Álcool e outras Drogas, um CAPS Infanto-Juvenil, equipes de saúde mental em todas as 20 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), uma residência terapêutica e um pronto socorro com enfermaria psiquiátrica no Hospital Municipal.
“Aqui, vários profissionais discutem o tratamento de um paciente. Temos o desafio de pensar como reunir uma rede de apoio porque, às vezes, o paciente não dá conta sozinho. Além disso, os serviços precisam se conversar porque a pessoa atendida nos diversos equipamentos da cidade é a mesma”, afirmou o médico Flavius Augusto Olivetti Albieri, secretário adjunto de Saúde e diretor geral da Atenção Especializada em Saúde. Diadema ainda oferece, em algumas UBSs, meditação e auriculoterapia como PICs.
O curso, fruto da parceria entre Secretaria de Saúde e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), teve início em 22 de março e os encontros ocorrem uma vez por mês. Até novembro, serão abordados os temas diabetes, osteoporose, asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Grave (DPOC), refluxo, infecção de trato urinário em gestantes e Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC).
Após a capacitação, a Administração fará a revisão dos protocolos de cuidados para diversas doenças abordadas no curso.