Último ato de Biden busca proteger aliados de retaliações de Trump
Presidente dos EUA concede perdão a agentes públicos, incluindo Mark Milley e Liz Cheney, em resposta a investigações sobre os eventos do 6 de janeiro e fraude eleitoral
- Data: 20/01/2025 13:01
- Alterado: 20/01/2025 13:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Casa Branca
Joe Biden
Crédito:Ricardo Stuckert/PR
No último dia de seu mandato, o presidente Joe Biden tomou uma decisão importante ao conceder perdão a várias figuras públicas, incluindo agentes políticos e militares, que estavam sendo alvo de investigações e retaliações do ex-presidente Donald Trump. A medida tem como pano de fundo as controvérsias sobre a tentativa de fraude nas eleições de 2020 e a resposta à pandemia de covid-19.
Entre os agraciados estão o general Mark Milley, ex-chefe do Estado-Maior Conjunto, e a ex-congressista Liz Cheney, ambos envolvidos nas investigações sobre o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Além deles, outros parlamentares e policiais que testemunharam sobre os eventos daquele dia também receberam o perdão.
O relatório final do comitê responsável pela investigação apontou que Trump se envolveu em atividades criminosas ao tentar deslegitimar os resultados das eleições e ao falhar em conter seus apoiadores durante o ataque ao Capitólio. Desde sua eleição, Trump tem solicitado investigações contra seus opositores, enquanto a pandemia de covid-19 foi uma fonte constante de atritos com as autoridades de saúde.
Biden justificou a ação dizendo que “esses servidores públicos serviram nossa nação com honra e distinção e não merecem ser alvos de processos políticos”. O presidente também ressaltou que investigações infundadas podem destruir a vida das pessoas afetadas, prejudicando sua segurança financeira e de suas famílias.
Além de Milley e Cheney, o ex-conselheiro de saúde da Casa Branca, Anthony Fauci, também foi perdoado. Fauci, que foi alvo constante da ira de Trump por suas políticas rigorosas durante a pandemia, ajudou Biden na luta contra o coronavírus até sua aposentadoria em 2022.
A decisão de Biden foi cercada de críticas, principalmente de Trump e seus aliados, incluindo a deputada Marjorie Taylor Greene, que acusou o presidente de perdoar aqueles que cometeram “crimes”. A medida é vista por muitos como uma forma de proteger aqueles que se opuseram às ações de Trump durante e após a eleição de 2020.