Transformação digital do SUS é tema do 25º episódio do “Me Conta, Brasil”
Videocast da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República lançado nesta quinta-feira (12) aborda inovações e facilidades no acesso às informações de saúde
- Data: 12/09/2024 15:09
- Alterado: 12/09/2024 15:09
- Autor: Redação
- Fonte: Governo Federal
Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital, e Paula Xavier, diretora do DataSUS, foram as convidadas do 25º episódio do "Me Conta, Brasil"
Crédito:SECOM
O 25º episódio do videocast “Me Conta, Brasil”, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, tem como tema o aplicativo Meu SUS Digital, solução de Saúde Digital que visa facilitar o acesso às informações em saúde, promovendo a continuidade do cuidado, a transparência e a segurança dos dados.
“Nós utilizamos critérios importantes que corrigem inequidades no país, então, por exemplo, regiões e municípios que têm baixa conectividade precisam de mais recursos, locais onde você não tem atenção hospitalar, que têm só atenção primária, ou que têm menos médicos, que têm um vazio assistencial, são municípios que precisam receber um pouco mais de recursos. Você analisa as desigualdades ali, cada um recebe de acordo com as necessidades” -Ana Estela Haddad, Secretária de Informação e Saúde Digital
No app, o usuário pode acompanhar seu histórico clínico, os dados de vacinação, resultados de exames, medicações, posição na fila de transplante, entre outros serviços a fim de efetivar a informatização da atenção à saúde por meio da inovação e transformação digital.
Disponível nas redes sociais e no canal da Secom no YouTube, o novo episódio do “Me Conta, Brasil” teve como convidadas Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital, e Paula Xavier, diretora do DataSUS, ambas do Ministério da Saúde. Juntas, elas detalharam o investimento do Governo Federal de R$ 460 milhões para a transformação digital da rede pública de saúde e como esse dinheiro foi alocado nos municípios que mais precisam.
“Nós utilizamos critérios importantes que corrigem inequidades no país, então, por exemplo, regiões e municípios que têm baixa conectividade precisam de mais recursos, locais onde você não tem atenção hospitalar, que têm só atenção primária, ou que têm menos médicos, que têm um vazio assistencial, são municípios que precisam receber um pouco mais de recursos. Você analisa as desigualdades ali, cada um recebe de acordo com as necessidades”, detalhou Ana Haddad.
Cerca de 50 milhões de brasileiros já realizaram o download do aplicativo, que está disponível nas versões Web e para iOS e Android. O Meu SUS Digital é abastecido pelas informações disponíveis na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que envia e recebe as informações de saúde de forma segura, íntegra e auditável.
De acordo com a diretora do DataSUS, Paula Xavier, o aplicativo torna o cidadão protagonista da sua própria saúde ao disponibilizar com poucos cliques o acesso ao bem-estar. “Você tem todo o seu histórico de vacinas, que é uma riqueza, o nosso programa nacional de imunizações e outros serviços. O cidadão pode, por exemplo, visualizar a posição dele na fila do sistema de transplantes, pode acessar os seus dados como medicamentos, atestados médicos, uma série de serviços. E buscando sempre ampliar o acesso de toda a população. Um lançamento importante que fizemos recentemente foi a autodeclaração raça-cor. Então dá pra entrar no aplicativo e ele mesmo autodeclarar a sua raça, a sua cor, assim como seu nome social”, destacou.
TELESSAÚDE — O Meu SUS Digital também disponibiliza o atendimento de forma online. Nos últimos dois anos, foram feitas mais de 4,6 milhões de ações de saúde digitais.
“O SUS foi pioneiro em usar a telessaúde em 2006, quando quase ninguém falava sobre isso. Então, hoje, nós temos várias unidades básicas de saúde que já oferecem a telessaúde, que tem o módulo da videochamada junto com o prontuário eletrônico. Em vez de você ficar na fila aguardando e precisar se deslocar até o especialista, que às vezes pode estar até em outro município, você recebe essa opinião pela teleconsulta, sem deslocamento desse paciente”, pontuou Paula.
“O SUS foi pioneiro em usar a telessaúde em 2006, quando quase ninguém falava sobre isso. Então, hoje, nós temos várias unidades básicas de saúde que já oferecem a telessaúde, que tem o módulo da videochamada junto com o prontuário eletrônico. Em vez de você ficar na fila aguardando e precisar se deslocar até o especialista, que às vezes pode estar até em outro município, você recebe essa opinião pela teleconsulta, sem deslocamento desse paciente” -Paula Xavier, Diretora do DataSUS
PAC CONECTIVIDADE — Há uma meta do Governo Federal, em uma parceria do Ministério da Saúde e do Ministério das Comunicações, de levar internet a 10 mil unidades básicas de saúde até 2026, principalmente nas áreas de difícil acesso.
“A gente tem no país cerca de 45 mil unidades básicas de saúde. Dentre essas, mais de 11 mil não têm nenhum tipo de conexão. E aí, mais do que levar a conectividade, levar a internet a essas unidades básicas de saúde é levar o que a gente chama também de conectividade significativa”, disse Paula.
O agente de saúde do Quilombo Boa Vista, German dos Santos Melo, frisou que a conectividade do aplicativo é essencial para que o atendimento de qualidade chegue ao território quilombola. “A gente vai poder ter essa facilidade de ser assistido com um profissional que está lá em São Paulo, que está lá no Rio de Janeiro, com uma especialidade que não tem aqui. A sensação é como se você estivesse falando com um médico presencial”, relatou.
A dona de casa Maria Junica de Jesus, por exemplo, tem uma filha de 15 anos, autista não verbal, que só teve sua primeira consulta aos 10 anos de idade. Ficou anos sem se consultar, sem tomar remédio, sem acompanhamento na escola pela dificuldade de atendimento no quilombo. Hoje, com a teleconsulta, a filha consegue ter acompanhamento médico. “Estou radiante de alegria. Não dá nem pra explicar poder ter um atendimento desse dentro da nossa comunidade”, finalizou.
O QUE É – O “Me Conta, Brasil” é um videocast para dialogar com a população e divulgar informações sobre os programas do Executivo que fazem a diferença na vida das pessoas. A ideia é que o videocast seja um espaço de bate-papo para explicar como as pessoas podem garantir os seus direitos e se beneficiar de ações federais. A cada apresentação, dois ou mais porta-vozes participam do diálogo.