Trabalhadores dos Correios aprovam greve em nove estados
Os trabalhadores exigiram a redução da coparticipação no plano de saúde que, segundo Ramos, era muito pesada.
- Data: 08/08/2024 16:08
- Alterado: 08/08/2024 16:08
- Autor: Redação
- Fonte: FolhaPress/Guilherme Bento
Crédito:Reprodução
Os trabalhadores dos Correios aprovaram greve por tempo indeterminado, após votação em assembleia com cerca de 5.000 funcionários em São Paulo realizada nesta quarta (7) na capital paulista.
Segundo a Findect (Federação Interestadual dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios), carteiros e motoristas aderiram à paralisação, que começou às 22h de quarta, e também há participação de trabalhadores nas áreas de tratamento e atendimento.
Os principais sindicatos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins aderiram ao movimento, informam os representantes.
De acordo com os Correios, as agências estão abertas e todos os serviços estão disponíveis nesta quinta (8). A estatal informa que adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir “as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato”.
“O ponto principal desta greve hoje é o custeio do plano de saúde,” diz Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect e Sintect (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba).
Os trabalhadores exigiram a redução da coparticipação no plano de saúde que, segundo Ramos, era muito pesada. Além disso, a categoria reivindica reajuste salarial pela inflação mais um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda em 2024.
De acordo com os Correios, foi proposto um reajuste de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025, mais 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024, bem como um aumento de 20% para motociclistas e motoristas.
Sobre o plano de saúde, segundo a empresa, “o processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15% tem previsão de implementação no próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes”.
O imbróglio se desenrola desde o início do ano e depois de uma greve que quase atingiu a Black Friday, no fim do ano passado. Após 14 reuniões de negociação, de acordo com a Findect, “a empresa demonstrou mais uma vez sua incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores”.
A greve está mantida até a próxima rodada de negociações na próxima semana, segundo Ramos.