Thiago Malakai lança álbum “Equilíbrio” e inicia nova fase artística
Entre as participações especiais estão Tasha & Trace, Kyan, Gregory, Bitrinho, Red Beach, Caio Santos e Pizzol, além de Zion, um produtor de Londres com raízes brasileiras
- Data: 31/10/2024 17:10
- Alterado: 31/10/2024 17:10
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
Thiago Malakai lança seu primeiro álbum, Equilíbrio, marcando uma fase transformadora em sua carreira e vida pessoal. O disco traz uma reflexão sobre a busca por estabilidade e crescimento, expressando a trajetória do artista em descobrir e consolidar sua identidade musical. “Levei tempo para entender os temas que queria abordar e como gostaria de explorá-los. Foi um processo de reconhecimento das minhas raízes, que são todas de origem preta”.
Iniciado em 2020, o registro é fruto de um processo colaborativo. Malakai menciona que as conversas com amigos ajudaram a formar o conceito do disco. A faixa “Equilíbrio”, que dá nome ao projeto, foi a primeira composta, representando um ponto de partida para momentos de amadurecimento e transformação, refletidos em outras canções, como “Respeito” e “Infalível”.
Musicalmente, Equilíbrio transita por múltiplos estilos, indo além das influências de hip hop e jazz que sempre marcaram o trabalho de Malakai. O álbum incorpora elementos de trap, dubstep, drill, reggae e música brasileira, resultando em uma sonoridade rica e diversa. “Eu vejo tudo como uma coisa só. As influências se misturam na minha vida, então não consigo separá-las”, comenta.
A capa, criada por Isabelle India, traz o símbolo do “ankh”, que no antigo Egito representava a vida. “A escolha desse símbolo reforça o conceito do álbum, que fala sobre transformação e a busca por equilíbrio”, explica. Entre as colaborações de destaque estão Tasha & Trace, Kyan, Gregory, Bitrinho, Red Beach, Caio Santos e Pizzol, além de Zion, um produtor de Londres com raízes brasileiras.
Cantor e músico paulista com mais de 20 anos de carreira, Malakai iniciou sua trajetória no reggae, colaborando com grandes nomes da cena nacional como Edu Ribeiro, Edson Gomes e a banda Filosofia Reggae, além de participar da turnê “Real Situação”. Ao longo de sua trajetória, também dividiu o palco com artistas de outros gêneros, como Os Travessos, Negra Li e Charlie Brown Jr. Em 2017, lançou sua carreira solo, apresentando ao público suas próprias composições.
Atualmente, dedicado na divulgação de Equilíbrio, Malakai mostra seu processo de conexão com a ancestralidade e transmite uma mensagem de resiliência. “O equilíbrio que busco não é algo estático, mas uma constante evolução”.
FAIXA A FAIXA POR MALAKAI
1 – Infalível
“Infalível” foi a segunda música que compus para este disco. Eu e Caio Santos a criamos do zero, começando pela produção, batidas e a escolha do sample. Gravei o contrabaixo, e a faixa reflete a perspectiva de alguém que precisa de mudança e acredita que, independentemente da situação, vai conquistar o que considera seu. Embora tenha influências de reggae, como todo o meu trabalho, essa música se apoia numa batida de hip-hop, trazendo um toque jamaicano.
2 – Respeito
“Respeito” é uma produção incrível de Heddy Beats, um produtor paulista. Fizemos algumas mudanças, mas essa faixa estava guardada há um tempo. Para dar o brilho que ela merecia, convidei o Kyan, de quem sou muito fã e amigo. A letra fala sobre o valor do respeito, tanto o que você deve ter pelas pessoas quanto o respeito que o mundo te deve. Mas, acima de tudo, é sobre não perder sua essência, lembrando sempre da sua base. No fim das contas, na quebrada, respeito é fundamental: você respeita para ser respeitado.
3 – Tudo Preto
“Tudo Preto” é uma faixa antiga, na qual comecei com um esboço vocal repetindo “PRETO, PRETO, PRETO…”. A música fala sobre como ser uma pessoa preta te dá uma perspectiva única, mesmo em situações cotidianas, como consumir em um restaurante. O olhar das pessoas é diferente. Trouxe o Gregory, meu cunhado e grande referência, para colaborar, e juntos expressamos essa ideia: não importa onde estejamos, sempre seremos pretos e a nossa vivência é diferente por essa razão.
4 – Equilíbrio
“Equilíbrio” é a faixa-título do disco e foi inspirada por um grande amigo e irmão que faleceu. Sua filosofia era nunca desistir dos sonhos, independentemente das circunstâncias. Após sua morte, sonhei com ele e compus essa música. Ela deu sentido ao processo de criação do disco, e mesmo sendo difícil falar sobre isso, a faixa ressuscitou essa ferida em mim, reforçando a mensagem de perseverança e equilíbrio.
5 – Nós pra Nós
Essa é a faixa mais quente do disco. “Nós pra Nós” fala sobre o desejo e a conexão intensa entre duas pessoas. O personagem da música admira tudo nessa pessoa, desde o cheiro até a postura, tanto dentro quanto fora das quatro paredes. É definitivamente a faixa mais picante do álbum.
6 – Vinil
“Vinil” foi a primeira faixa que produzi com Caio Santos para o disco. A música compara a experiência de ouvir um vinil com o momento em que você é transportado para outra realidade, deixando tudo para trás e curtindo aquele instante. Assim como um vinil, que é geralmente preto, a música te leva para outro lugar, para um momento de escape e imersão.
7 – Yin Yang – Tony Country
“Yin Yang” é uma celebração da minha amizade com Tasha e Tracie, minhas irmãs de música e de espírito. Temos uma longa história juntas e já passamos por muita coisa, sempre se ajudando. A composição reflete nossas vivências, especialmente em festas como a Discopedia em São Paulo, onde pessoas vendiam roupas que elas mesmas costuravam. A música é um reflexo dessa jornada e das batalhas que enfrentamos juntos.
8 – Zion Drill
Fiz “Zion Drill” com meu sobrinho. Zion, na cultura rastafári, é uma terra de paz, o lugar onde vamos descansar e celebrar. A faixa fala sobre perseguir seus sonhos, mesmo quando os outros duvidam. Para muitos, pode parecer impossível, mas você já se vê realizando. Zion é isso: um lugar onde os sonhos se concretizam, não importa as dúvidas externas.
9 – Mundo Invertido
“Mundo Invertido” fala sobre um rapaz talentoso que ajudou muitas pessoas, mas que só foi reconhecido depois que conquistou status e poder. A essência dele, porém, já estava lá desde o começo. A música questiona essa lógica de valores invertidos, onde a importância é dada ao que se tem, em vez de quem você é. A verdadeira grandeza deveria ser medida pela essência, não pelos likes ou status.