Teste do Volkswagen Polo Rock in Rio – No embalo do marketing

Edição Rock in Rio evoca um dos maiores festivais de música do planeta, que acontecerá em setembro, para acelerar ainda mais as vendas do Volkswagen Polo

  • Data: 23/07/2024 08:07
  • Alterado: 23/07/2024 08:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Luiz Humberto Monteiro Pereira AutoMotrix
Teste do Volkswagen Polo Rock in Rio – No embalo do marketing

O Polo Rock in Rio traz o motor 1.0 MPI flex aspirado de três cilindros, que entrega 84 cavalos e 10,3 kgfm com etanol

Crédito:Luiza Kreitlon/AutoMotrix

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Desde 2014 – quando o Gol perdeu a liderança nacional das vendas de automóveis, que sustentava há 27 anos, para o Fiat Palio –, a Volkswagen tentava voltar ao topo do ranking do mercado brasileiro. Em 2022, o modelo escolhido para executar a tarefa foi o Polo. Apresentado no Brasil em 2002 como um compacto requintado derivado do médio Golf, duas décadas depois, o Polo havia se tornado um hatch do qual pouca gente se lembrava– terminou aquele ano em quinquagésimo segundo lugar no ranking nacional, com 8.182 unidades, uma média de 682 emplacamentos mensais. Mas o posicionamento do Polo mudou radicalmente com a estreia da linha 2023, apresentada no final de 2022. Simplificado para ganhar competitividade, o modelo viu suas vendas crescerem rapidamente a partir de dezembro de 2022, quando chegou às concessionárias a versão Track 1.0 MPI, a mais barata da linha. No final de 2023, o compacto produzido na cidade paulista de Taubaté totalizou 111.242 unidades vendidas, sendo superado somente pela picape Fiat Strada, com 120.602 emplacamentos no ano. Este ano, no primeiro semestre, o Polo emplacou 57.862 unidades e deixou para trás a picape da Fiat, que teve 56.601 emplacamentos. A retomada da liderança foi um grande feito, muito comemorado pela marca alemã – e parte das comemorações fica por conta do lançamento do Polo Rock in Rio, que chegou às concessionárias em junho. 

            Não é a primeira vez que a Volkswagen patrocina o festival de música carioca (que este ano ompleta 40 anos) e aproveita o evento para lançar edições especiais – Gol, Fox e Saveiro já tiveram “versões roqueiras” adesivadas com o logo do evento. O Polo Rock in Rio é oferecido por R$ 92.990 (R$ 94.640 com pintura metálica) – R$ 3.700 a mais que a versão Track, da qual utiliza a base. Renovado há dois anos, o desenho do Polo é indisfarçavelmente Volkswagen, com linhas geométricas e vincos marcados. Na variante mais básica do hatch e na edição especial Rock in Rio, faróis halógenos tomam o lugar do conjunto óptico das configurações mais caras do carro – composto por farol alto, baixo, sinalização diurna e luz de posição e direcional totalmente em leds. A edição especial acrescenta adereços como pintura em Preto Ninja no teto e na faixa larga que cruza a tampa traseira. Maçanetas, retrovisores e calotas das rodas também ganham pintura em preto. Emblemas “Rock in Rio” aparecem na parte frontal do capô, na tampa traseira e nas faixas decorativas laterais – são visíveis por qualquer ângulo que se olhe o carro. Há três cores disponíveis para a carroceria: Branco Puro, Cinza Platinum e Vermelho Sunset (a do modelo testado). 

Dentro, a marca do festival surge no console frontal e seu nome aparece na trama em relevo do tecido nos apoios de cabeça frontais. Para não se restringir aos enfeites, o Polo Rock in Rio incorpora a central multimídia VW Play, que não é oferecida na Track, com tela de 10 polegadas, conexão Apple CarPlay e Android Auto sem fio e seis alto-falantes. A versão agrega também os equipamentos que são de série em toda a linha Polo, como airbags laterais, bloqueio eletrônico do diferencial, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, direção elétrica, travas elétricas e chave com controle remoto. O porta-malas leva 300 litros. 

            Sob o capô, o Polo Rock in Rio traz o motor 1.0 MPI flex aspirado de três cilindros. O propulsor da família EA211, também “herdado” do Polo Track, entrega 77 cavalos com gasolina e 84 com etanol, com 9,6 (gasolina)/10,3 (etanol) kgfm de torque. Trabalha acoplado ao câmbio manual de 5 marchas, que move as rodas dianteiras. De acordo com o Inmetro, o Polo com motor MPI e câmbio manual entrega médias de 9,4/10,8 km/l na cidade/estrada com etanol e 13,7/15,2 km/l com gasolina. 

            Alémde ser a marca de automóveis oficial do Rock in Rio pela quinta vez, a Volkswagen é co-patrocinadora da Rota 85, a área temática no festival. Na edição especial de 40 anos do evento, serão seis dias de show (13, 14, 15, 19, 20 e 21 de setembro) na “Cidade do Rock”, construída para receber o público dentro do Parque Olímpico, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Experiência a bordo

Básico com privilégios

             O Polo Rock in Rio, do mesmo modo que o Polo Track, oferece espaço digno para quatro pessoas – um quinto passageiro gera um ambiente um tanto opressivo no banco traseiro. O entre-eixos de 2,56 metros, bom para um compacto, proporciona espaços adequados para cabeças e pernas. Os bancos frontais da versão, com decoração “Rock in Rio” em relevo no apoio da cabeça, contam com ajuste de altura e seguram bem o corpo. Outro detalhe que ajuda a valorizar a edição é o logo do festival de música no console frontal, em frente ao passageiro. Já o volante multifuncional é o mesmo da versão Track e conta somente com regulagem de altura. A suspensão bem ajustada, o com isolamento acústico e a ergonomia eficiente reeditam o bom padrão da linha Polo.

            De resto, exceto pelo revestimento em preto brilhante no console frontal e nas maçanetas das portas, o acabamento do Polo Rock in Rio segue o padrão despojado do Track, com predominância de plásticos rígidos. Não há sofisticação nos revestimentos, mas os encaixes são precisos. Embora traga somente os recursos essenciais, como ar-condicionado, direção elétrica, travas e vidros elétricos dianteiros – os espelhos e os vidros traseiros têm comandos manuais –, os comandos estão nos lugares certos e os instrumentos têm leitura facilitada. A central multimídia VW Play com tela de 10 polegadas vem de série na edição Rock in Rio e é um acréscimo importante em relação à Track. O sistema oferece espelhamento sem fio (via Bluetooth) com celulares – no entanto, poderia ter uma interface com o usuário mais intuitiva. 

Impressões ao dirigir

Novato com experiência

            No Polo Rock in Rio, o propulsor tricilíndrico 1.0 MPI aspirado, o mesmo que move a versão Track do compacto da Volkswagen, entrega 84 cavalos e 10,3 kgfm com etanol. Os números de potência e torque não chegam a ser dos mais impressionantes, contudo, o 1.0 MPI pode ter sua força bem rentabilizada pelo câmbio manual de 5 marchas, que tem relações muito bem acertadas. Desde que o motorista não seja do tipo que tem preguiça de trocar as marchas, o conjunto dá conta de empurrar com destreza os 1.056 quilos da variante roqueira do hatch compacto. A precisão dos engates curtos do câmbio mecânico, por sinal, é um dos pontos altos do modelo e evoca uma das boas tradições dos carros da Volkswagen. 

            A harmonia do conjunto motor/câmbio não deixa que o modelo transmita a sensação de morosidade encontrada em outros hatches com motorização 1.0 aspirada. Segundo a Volkswagen, o Polo Track e o Rock in Rio aceleram de zero a 100 km/h em 13,4 segundos com etanol e em 13,8 segundos com gasolina. A velocidade máxima fica em 169 km/h com etanol e em 166 km/h com gasolina. No trânsito urbano, nunca falta força ao conjunto. Na estrada, o motor se torna mais rumoroso apenas nos giros mais elevados, quando é instigado a entregar velocidade rapidamente.

            O Polo Track e sua “versão roqueira” preservam algumas das tradições “herdadas” do bom e velho Golf que lhe deu origem. Sempre foi um carro “bom de curva” e continua a entregar bons resultados nos trechos sinuosos. Nas mais de duas décadas de mercado brasileiro, sua suspensão já foi mais do que adaptada às condições das ruas e estradas locais. E o aspecto de robustez que caracterizava o velho Gol parece ter sido reeditada no Polo Track – e na edição Rock in Rio. Ambos conjugam a estabilidade oferecida pela plataforma MQB e uma suspensão que proporciona um correto controle dos movimentos de carroceria nas curvas. A direção elétrica, que torna-se mais rígida conforme o carro ganha velocidade, ajuda as manobras mais agradáveis. Mas a câmera de ré e os sensores de estacionamento, ambos ausentes no Polo Rock in Rio, são recursos que fazem falta – especialmente a quem se acostuma com eles.

Ficha técnica

Volkswagen Polo Rock in Rio

Motor: gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm³, aspirado, três cilindros, duplo comando no cabeçote e quatro válvulas por cilindro. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível.

Transmissão: manual com 5 marchas 

Tração: dianteira. Tem controle eletrônico de tração com bloqueio eletrônico do diferencial.

Potência: 77/84 cv a 6.450 rpm com etanol/gasolina

Torque: 9,6 kgfm a 4 mil rpm (gasolina) e 10,3 kgfm a 3 mil rpm (etanol)

Suspensão: dianteira independente do tipo MacPherson, com triângulos inferiores e amortecedores hidráulicos, traseira por eixo interdependente com braços longitudinais com molas helicoidais e amortecedores telescópicos hidráulicos. Oferece controle eletrônico de estabilidade.

Freios: discos na dianteira e tambor na traseira

Pneus: Rodas de aço com calotas e pneus 185/65 R15

Carroceria: hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares

Dimensões: 4,08 metros de comprimento, 1,75 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,56 metros de distância de entre-eixos. Airbags frontais e laterais são de série.

Peso: 1.056 kg em ordem de marcha

Capacidade do porta-malas: 300 litros

Tanque de combustível: 52 litros

Preço: R$ 92.990. (R$ 94.640 com pintura metálica) 

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