Terças de Cinema tem nova rodada de filmes de Eduardo Coutinho

Em sinergia com a 47ª mostra da série Ocupação Itaú Cultural, voltada à trajetória do cineasta, a programação semanal de cinema do instituto exibe seus filmes e promove debate

  • Data: 09/11/2019 09:11
  • Alterado: 09/11/2019 09:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural
Terças de Cinema tem nova rodada de filmes de Eduardo Coutinho

Crédito:Andrea Nestrea

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serão exibidos Volta Redonda: Memorial da Greve, Mulheres no Front e Jogo de Cena. Na sequência, o público participa de debate com o crítico Daniel Schenker e a cineasta Isabel Penoni

O Itaú Cultural dá continuidade à programação do Terças de Cinema de novembro, dedicada à filmografia de Eduardo Coutinho – homenageado na Ocupação em cartaz no instituto até o dia 24 de novembro. No dia 12, a programação começa às 17h, com a exibição em cópia digital de Volta Redonda: Memorial da Greve e Mulheres no Front, e às 19h, exibe, em bitola de 35 milímetros, Jogo de Cena, filme que conduz o debate que acontece após a sessão.

A Ocupação Eduardo Coutinho, assim como a programação do Terças de Cinema dedicada à obra do cineasta, têm curadoria do Núcleo de Audiovisual e Literatura e cocuradoria do jornalista e pesquisador Carlos Alberto Mattos.

Produção de 1989, assinada por Coutinho e Sergio Goldenberg, Volta Redonda: Memorial da Greve retrata a rotina da siderúrgica que dá nome ao documentário e a relação de dependência dos moradores para com a CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, de Volta Redonda. A cidade, que nasceu, cresceu e prosperou em função da empresa, vê o movimento operário ganhar força na década de 1970 e acompanha uma grande greve em 1988, tendo como consequência a intervenção militar e a morte de três jovens operários. O ocorrido aumenta a força da greve e os trabalhadores obtêm a conquista total de suas reivindicações. A grande ameaça, no entanto, passa a ser a privatização da empresa.

Já Mulheres no Front, de 1995, aborda o impacto de lideranças femininas em três comunidades de diferentes cidades do Brasil. No Recife, a presidente de uma associação de moradores de bairro pobre fala sobre as conquistas alcançadas pela entidade ao longo de 10 anos. No município de Nova Iguaçu, periferia do Rio de Janeiro, um grupo de mulheres cobra das autoridades os serviços básicos que não chegam ou são realizados precariamente no local. Num subúrbio de Porto Alegre, uma ONG forma promotoras legais populares, que unem a ação contra casos de violência familiar com a defesa do bairro no âmbito do Orçamento Participativo.

Um dos filmes mais conhecidos de Eduardo Coutinho, Jogo de Cena questiona o que é verdade, ao levar à tela histórias reais interpretadas por atrizes. A produção começou a ser desenvolvida quando 83 mulheres responderam a um anúncio de jornal colocado por Coutinho e foram a um estúdio contar suas histórias de vida. Destas, 23 delas foram selecionadas e, em junho de 2006, foram filmadas no Teatro Glauce Rocha. Em setembro do mesmo ano, atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas pelas personagens escolhidas.

Pós-cena

Esta edição do Terças de Cinema tem a programação estendida para além dos filmes, e os espectadores são convidados a participar de uma conversa sobre Jogo de Cena com o crítico Daniel Schenker e a cineasta Isabel Penoni.

Formado em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade, Daniel Schenker é doutor em Artes Cênicas pela UniRio. Na área de cinema, escreve para o jornal O Globo e para a revista Preview, e integrou os júris da Abraccine nos festivais de Brasília, Gramado e Paulínia e os da Fipresci nos festivais de Fribourg, Miami, Montreal e Rio de Janeiro. No teatro, escreve para o jornal O Estado de S.Paulo e para seu blog, além de trabalha como professor de teatro da Casa das Artes de Laranjeiras. É, ainda, autor do livro Teatro dos 4 – A Cerimônia do Adeus do Teatro Moderno.

Uma das autoras de Jogo de Cena visto por, da coleção Cinema em Livro: Eduardo Coutinho visto por, Isabel Penoni é diretora e pesquisadora teatral, cineasta e antropóloga, é professora adjunta do Departamento de Ensino do Teatro da UNIRIO. Desenvolve projetos de formação em teatro, criação cênica e produção fílmica na periferia urbana do Rio de Janeiro e em áreas indígenas do mundo. É co-fundadora do grupo teatral Cia Marginal, com a qual está atualmente em processo de criação do seu novo espetáculo, com apoio do Rumos Itaú Cultural. No cinema, dirigiu Porcos Raivosos (2012) e Abigail (2016), exibidos na Quinzena dos Realizadores (Cannes 2012 e 2016) e premiados em festivais nacionais e internacionais.

Sobre a Ocupação Eduardo Coutinho

Formada por programação especial e com ferramentas de acessibilidade, trata-se de mais uma mostra do instituto para apresentar ao público a vida que gestou o artista homenageado, sua trajetória, processo de criação e obra. Ela ocupa o Piso Térreo do Itaú Cultural. A curadoria é da equipe do instituto, composta pelos Núcleos de Audiovisual e Literatura e de Memória e Pesquisa, com cocuradoria do jornalista e pesquisador Carlos Alberto Mattos. Esta?Ocupação?tem parceria do Instituto Moreira Salles (IMS), detentor do acervo do cineasta e apoio da produtora Video Filmes.

SERVIÇO:

Terças de Cinema

Dia 12 de novembro (terça-feira)

Às 17h

Volta Redonda: Memorial da Greve

Direção: Eduardo Coutinho e Sergio Goldenberg

(1989. 39 minutos)

Cópia digital

Classificação indicativa: 12 anos

Mulheres no Front

Direção: Eduardo Coutinho

(1995. 35 minutos)

Cópia digital

Classificação indicativa: 12 anos

Às 19h

Jogo de Cena. Exibição seguida de debate com Daniel Schenker e Isabel Penoni

Direção: Eduardo Coutinho

(2007. 107 minutos)

Cópia em 35mm

Classificação indicativa: Livre

Sala Itaú Cultural (Piso Térreo)

Capacidade: 224 lugares 

Entrada gratuita

Distribuição de ingressos:

Público preferencial: uma hora antes do evento, com direito a um acompanhante – os dois ingressos devem ser retirados no mesmo momento na bilheteria preferencial 

Público não preferencial: uma hora antes do evento – um ingresso por pessoa

Ocupação Eduardo Coutinho

Visitação: até 24 de novembro

Classificação etária: livre

De terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h (permanência até 20h30)

Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h

Piso térreo

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

Fones: 11. 2168-1777

Acesso para pessoas com deficiência física

Ar condicionado

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural: 

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 12

Com manobrista e?seguro, gratuito para bicicletas.

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  • Data: 09/11/2019 09:11
  • Alterado:09/11/2019 09:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural









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