Tempestade provoca inundações em Portugal e Lisboa fica embaixo d’água
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil portuguesa, 1.463 ocorrências decorrentes das chuvas foram registradas apenas nesta terça
- Data: 13/12/2022 17:12
- Alterado: 13/12/2022 17:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Portugal emitiu um alerta laranja de proteção civil (o segundo maior em uma escala de quatro) para quase todo o território continental do país nesta terça-feira, 13, quando uma tempestade vinda do Oceano Atlântico inundou e provocou destruição em diversas cidades, incluindo Lisboa. De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil portuguesa, 1.463 ocorrências decorrentes das chuvas foram registradas apenas nesta terça – e a expectativa é que continue a chover durante a madrugada.
Na capital, casas e lojas foram inundadas, estradas ficaram bloqueadas e os serviços de trem, ônibus e metrô foram interrompidos. Várias escolas cancelaram as aulas e alguns pontos turísticos fecharam as portas. Autoridades portuguesas recrutaram unidades militares para ajudar a drenar as enchentes, que em certos locais do país carregaram veículos, tamanha a força da água.
O prefeito da cidade, Carlos Moedas, disse que os eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes devido às mudanças climáticas. A prefeitura de Lisboa instruiu os moradores a ficarem dentro de casa e disse que pessoas de fora evitassem a cidade.
Em entrevista ao jornal português Diário de Notícias, o comandante da proteção civil André Fernandes afirmou que, além de Lisboa, distritos como Santarém, Évora, Setúbal e Portalegre também foram afetados pelas fortes chuvas. Dentre todos os territórios continentais do país, o único que não entrou em alerta laranja nesta terça foi Bragança.
Lisboa tem sido propensa a inundações por sua localização na foz do Tejo, o rio mais longo da península e de onde partiram as expedições portuguesas para a América – incluindo a que chegou ao Brasil – e a África. Parte da cidade é construída sobre dois afluentes que deságuam no Tejo.
Na semana passada, uma mulher de 55 anos já havia morrido em um dilúvio semelhante durante a noite. As fortes chuvas e ventos arrastaram carros e alagaram ruas, prédios e estações de transporte público, bloqueando algumas linhas do metrô. Vídeos da enchentes da semana passada tomaram a internet.
Embora mais chuva esteja prevista para o país ao menos até a quarta-feira, autoridades climáticas apontam que a tempestade está cruzando a fronteira em direção à Espanha, onde fortes chuvas também começam a inundar ruas e casas.