Suspeição de ex-juiz Moro pode voltar ao STF

A Procuradoria-Geral da República e o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, veem espaço para a Corte revisitar o tema da suspeição do ex-juiz Moro na ação do tríplex do Guarujá

  • Data: 25/03/2021 11:03
  • Alterado: 25/03/2021 11:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Suspeição de ex-juiz Moro pode voltar ao STF

Suspeição de Moro deve voltar ao STF

Crédito:Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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Isso porque o plenário do STF deve decidir, na primeira quinzena de abril, se confirma a anulação – determinada por Fachin – das condenações impostas na Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a decisão de Fachin passando pelo crivo dos 11 integrantes da Corte, os ministros vão avaliar todos os pontos levantados pelo colega: a anulação das condenações, o envio dos casos à Justiça Federal no DF e o arquivamento da suspeição de Moro.

Quatro ministros do STF, ouvidos reservadamente, avaliaram que a tendência do plenário é confirmar a anulação dos processos de Lula. Já o arquivamento da suspeição de Moro enfrenta mais resistência.

Na análise do habeas corpus de Lula contra o ex-juiz, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Nunes Marques e Cármen Lúcia votaram pela continuidade do julgamento na Segunda Turma, apesar da decisão de Fachin para arquivar o caso. No plenário, os quatro devem manter a posição contra o arquivamento. A expectativa é de que pelo menos mais dois ministros acompanhe o grupo nesse ponto. Se esse cenário se confirmar, o plenário evitaria uma reviravolta na situação de Moro, curvando-se ao entendimento da Segunda Turma que considerou o ex-juiz parcial.

No recurso em que contesta a decisão de Fachin, a PGR pede que o Supremo reconheça que os casos de Lula devem permanecer em Curitiba e que as condenações de Lula sejam mantidas. Caso o Supremo não atenda a esse pedido, a PGR solicita que o tribunal confirme a validade de todos os atos já tomados nas ações contra Lula, inclusive os de Moro, ou ainda para que as investigações sejam enviadas à Justiça Federal em São Paulo.

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