STF vê ligação entre explosões com 8 de Janeiro e designa Moraes para investigar
A investigação conduzida pela Polícia Federal acerca do atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão da corte se baseia na identificação de um elo entre o ato ocorrido na quarta-feira, dia 13, e os ataques golpistas perpetrados em 8 de […]
- Data: 14/11/2024 11:11
- Alterado: 14/11/2024 11:11
- Autor: Redação
- Fonte: Folha
Crédito:Gustavo Moreno/STF
A investigação conduzida pela Polícia Federal acerca do atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão da corte se baseia na identificação de um elo entre o ato ocorrido na quarta-feira, dia 13, e os ataques golpistas perpetrados em 8 de janeiro.
Na noite do mesmo dia, Moraes autorizou a realização de buscas e apreensões em locais associados a Francisco Wanderley Luiz, autor da explosão que resultou em sua morte. Em pronunciamento público realizado após o incidente, o ministro destacou que o ataque não se trata de um evento isolado, mas sim uma continuidade das ações iniciadas pelo chamado “gabinete do ódio” durante a administração de Jair Bolsonaro.
Anistia
O ministro expressou descrença na possibilidade de pacificação no Brasil sem a devida punição aos responsáveis por atos criminosos, manifestando-se contra a proposta de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
As declarações foram proferidas durante um evento promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Moraes compareceu à sede do Ministério Público do Distrito Federal por volta das 9h20, onde a segurança foi reforçada por agentes da Polícia Militar e seguranças do STF. Inicialmente restrito aos membros do Ministério Público, o evento teve suas falas iniciais abertas à imprensa a pedido do ministro, que dedicou os primeiros dez minutos de seu discurso para abordar o atentado.
Ao deixar o local, Moraes optou por não responder às perguntas dos jornalistas. Ele posou para fotos com o público presente, majoritariamente composto por integrantes do Ministério Público, antes de sair pela entrada principal.