STF mantém prisão de acusados pelo assassinato de Marielle Franco
Investigação revela ligação com milícias no Rio.
- Data: 23/12/2024 17:12
- Alterado: 23/12/2024 17:12
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Crédito:Gustavo Moreno/STF
O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou a decisão de sustentar a prisão dos suspeitos envolvidos como mandantes no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorridos em 2018. A medida foi formalizada no último sábado (21) e divulgada na segunda-feira (23).
Entre os detidos estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), seu irmão Chiquinho Brazão, deputado federal, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado. Todos estão encarcerados em instituições federais desde março deste ano.
A investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que o assassinato de Marielle Franco estaria vinculado à sua oposição aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que possuem ligações com questões fundiárias em regiões dominadas por milícias no Rio de Janeiro.
Através da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ser o executor dos disparos que vitimaram a vereadora, foi apontado que os irmãos Brazão e Barbosa desempenharam papéis fundamentais como mandantes do crime, sendo que Barbosa teria estado envolvido na fase de planejamento da execução.
Desde o início das investigações, todos os acusados têm reiterado sua inocência em relação ao crime.
No mês de novembro, Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio de Queiroz, responsável pela condução do veículo utilizado durante a execução, foram condenados pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. A pena imposta a Lessa foi de 78 anos, nove meses e 30 dias, enquanto Queiroz recebeu uma condenação de 59 anos, oito meses e dez dias.