SPCD estreia Temporada 2023 no Teatro Sérgio Cardoso

Durante o mês de junho a SPCD apresenta a temporada ‘Labirintos em Movimentos’ com três diferentes programas em comemoração aos seus 15 anos de história

  • Data: 31/05/2023 14:05
  • Alterado: 31/05/2023 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: SPCD
SPCD estreia Temporada 2023 no Teatro Sérgio Cardoso

Giselle – Ato II

Crédito:Charles Lima

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A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa – inicia no mês de junho sua nova Temporada no Teatro Sérgio Cardoso – um equipamento cultural também da Secretaria da Cultura e Economia Criativa com gestão da Amigos da Arte -, com três diferentes programas que serão apresentados em junho de 8 a 11/6, de 15 a 18/6 e de 22 a 25/6. Serão obras clássicas e contemporâneas que revelam toda a diversidade do repertório da companhia e também celebram os 15 anos de história, recém-completados. Além dos espetáculos, a programação inclui ainda as já conhecidas atividades educativas, com espetáculos gratuitos, palestras, além de ações de acessibilidade. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos a partir de R$ 50,00 (balcão/inteira) pelo link: spcd.com.br/ingressos/.

Programação 2023

Intitulada Labirintos em Movimento, a temporada este ano se inspira no poema Desenho, de Cecília Meireles (1901-1964), que aborda a essência e a complexidade da vida.

“A partir do poema ‘Desenho’, de Cecília Meireles podemos refletir sobre essa jornada de construção contínua, na qual se constroem labirintos impermanentes que devem ser refeitos constantemente. Com celebração e determinação reconhecemos o presente e aspiramos pelo futuro da SPCD, ao mesmo tempo que honramos seus 15 anos de história”, fala Inês Bogéa, diretora artística.

A temporada é composta por sete obras, sendo três clássicas e quatro criações contemporâneas. Cada peça traz uma abordagem única e emocionante, que busca dialogar com o mais variado público. “Os clássicos marcam a trajetória da companhia, enquanto as obras contemporâneas são criações de artistas nacionais e internacionais. É uma chance única de descobrir novas criações e revisitar peças consagradas”, completa Inês.

De 8 a 11 de junho, a SPCD apresenta Giselle – Ato II (2021), de Lars Van Cauwenbergh, inspirada livremente no original de 1841 de Jules Perrot (1810-1892) e Jean Coralli (1779-1854). Apontada por estudiosos como o ápice do romantismo na dança clássica, Giselle vem recebendo inúmeras releituras ao longo dos séculos e integra o repertório da São Paulo com cenário original de Vera Hamburger, que incorpora imagens de florestas brasileiras retratadas por Debret, De Clarac, Von Martius e Cássio Vasconcellos. Também passa a figurar na temporada Umbó (2021), de Leilane Teles, que se baseia em uma premissa batizada por ela como “a criação do desejo”, que fala sobre a vontade de se tornar quem se quer ser e como isso reverbera no corpo de cada um. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida da coreografia, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e todos os artistas envolvidos na concepção. Esta criação de 2021, agora em 2023, ganha novo formato, pois passa a contar com 14 bailarinos, o que faz com que a cena se reconfigure. 

Na semana seguinte, de 15 a 18 de junho, o público assiste Les Sylphides (Chopiniana) (2021), primeira remontagem de Ana Botafogo para a SPCD. Coreografada originalmente em 1909 por Michel Fokine (1880-1942), a partir de composição de Frédéric Chopin (1810-1849), esta é uma obra que evoca a era romântica da dança clássica. A noite conta também com Partita (2022), terceira criação de Stephen Shropshire para a SPCD. A obra é inspirada na pintura do artista renascentista Pieter Bruegel (1525-1569) “Landscape with the Fall of Icarus” (1555), em diálogo com o poema homônimo escrito, em 1939, por William Carlos Williams (1883-1963). Com um figurino minimalista, os bailarinos exploram o espaço cênico e reescrevem cada letra dos versos do poeta, em diálogo com os gestos dos outros intérpretes. 

Entre 22 e 25 de junho, é a vez do público conferir Suíte de Paquita (2022), de Diego de Paula – que também é bailarino da Companhia -, remontada a partir da obra de 1847 de Marius Petipa (1818-1910). A coreografia emana energia e vigor enquanto os bailarinos na cena executam uma série de movimentos difíceis com bastante agilidade, o que faz o III ato deste balé ser considerado uma celebração a dança clássica. O programa traz também Ibi – da Natureza ao Caos (2022), de Gal Martins. Da palavra tupi-guarani Ibi, que significa terra, chão que se pisa, nasce a criação de Gal, que reflete sobre a questão do pós-isolamento da sociedade e sobre a falta de conexão do homem com a natureza, inspirada em “O Amanhã Não Está a Venda”, de Ailton Krenak. O destaque da noite fica por conta da criação inédita do israelense Shahar Binyamini, I’ve Changed My Mind (2023), um questionamento sobre quem somos como humanos, animais, almas e entidades. O título traduzido como “Eu Mudei de Ideia”, está ligado ao processo de criação artístico na sala de ensaio, sendo que em alguns momentos precisamos renunciar a alguns conceitos e abraçar o que é incógnito. “Nós não estamos mais ‘lá’ (no passado) e sim ‘aqui’ (no presente) e isso nos permite a liberdade de não sermos responsáveis por tudo, e sim, pelo que a própria situação nos pede”, fala o coreógrafo. 

A programação conta também com recursos de acessibilidade comunicacional. 

Atividades Educativas

Quarenta e cinco minutos antes dos espetáculos, o público interessado em se aprofundar nas histórias e nos bastidores das criações poderá conversar com a diretora da Companhia, Inês Bogéa, em palestras gratuitas sobre os processos criativos das obras. As conversas têm duração de cerca de 30 minutos. A Temporada apresentará ainda Espetáculos para Estudantes e Terceira Idade, que acontecem nos dias 16 e 23 de junho, às 15h. A atividade é gratuita mediante inscrição prévia no site forms.gle/vmLQzQMFP4b1pFDQ8.

SERVIÇO

Teatro Sérgio Cardoso

Endereço: R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01326-010

Horários: quinta e sexta, às 20h | sábado, às 16h e às 20h | domingo às 17h

Capacidade física: 827 lugares

Acessibilidade: Sim

Preço: balcão – R$ 50,00 (inteira), plateia lateral – R$ 70,00 (inteira) e plateia central – R$ 80,00 | à venda via Sympla

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  • Data: 31/05/2023 02:05
  • Alterado:31/05/2023 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: SPCD









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