SP: Moradores em áreas de risco falam sobre melhoria de vida

Prefeitura tem intensificado ações para eliminar o perigo de deslizamentos ou de enchentes; estudo da FGV aponta que medida é eficaz

  • Data: 11/03/2024 11:03
  • Alterado: 11/03/2024 11:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Prefeitura de São Paulo
SP: Moradores em áreas de risco falam sobre melhoria de vida

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Crédito:Prefeitura de São Paulo

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A Prefeitura de São Paulo tem feito obras importantes que melhoram a vida e dão segurança à população, que há anos são reivindicadas por moradores de áreas de risco na periferia. Desde 2021, foram entregues ou estão em andamento centenas de obras em locais com perigo iminente de deslizamento, desabamento ou alagamento.

Nas periferias da cidade, há casos de famílias que viviam há 50 anos sob riscos de deslizamentos. Quem conviveu com tantos problemas durante décadas, agora elogia as intervenções.

A ameaça de deslizamento de uma encosta vizinha à sua casa era o pesadelo que perseguia a aposentada Maria Anunciação Fernandes de Lima, 87 anos, moradora da Viela 1, na Vila Renato, em Sapopemba, na Zona Leste. Ela conviveu por anos com a ameaça de sua casa despencar durante as chuvas. Algumas gotas a mais de chuva e o barranco a poucos metros de sua casa deixava um rastro de destruição.

“Já perdi muita coisa, a parede desabava”, conta a pernambucana Maria, que mora na Vila Renato desde 1970. Hoje o cenário é outro. Com as obras emergenciais de contenção entregues pela Prefeitura no ano passado, a aposentada, que deu muito duro para criar os seis filhos trabalhando como costureira e cozinheira, diz que agora vive em paz.

“Foi uma bênção. Hoje durmo sossegada.”

A casa de alvenaria vem ganhando melhorias após os serviços realizados pela atual gestão. “Agora dá gosto, não tenho mais medo e não jogam mais lixo no meu quintal.” O filho dela, o pedreiro Genivaldo Fernandes Lima, 66 anos, comemora por poder viver e dormir em segurança. “Hoje vivemos sossegados. A Prefeitura está de parabéns.”

O problema na Viela 1, na Vila Renato, se concentrava perto da Avenida Custódio de Sá e Faria, na Subprefeitura de Sapopemba. A obra teve início em junho de 2022, após técnicos da SIURB vistoriarem o local e constatarem o risco de deslizamentos. A inclinação do talude e o tipo de solo colocavam em perigo os imóveis e vias do entorno, e consequentemente os moradores e pedestres. Com a conclusão da obra, o talude não apresenta mais instabilidade e os riscos foram afastados.

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) atesta a eficácia da medida. A equipe analisou as ações pontuais da SIURB no campo da drenagem urbana e comprovou os benefícios gerados à população por essas obras. O estudo apontou que houve redução na intensidade das enchentes, além de demostrar que, embora não seja possível mensurar o valor de uma vida humana, o benefício social gerado pelos óbitos evitados é de R$ 2,25 bilhões.

Outra análise, dessa vez elaborada pela Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), comprova, mais uma vez, a eficiência das ações. Nos períodos chuvosos (outubro a março), anteriores à realização das obras emergenciais, eram registrados nos canais oficiais da Prefeitura de São Paulo cerca de mil ocorrências de alagamentos. Após a execução das obras, os registros caíram pela metade nos períodos de chuvas anteriores ao estudo (2021/2022 e 2022/2023).

Outra obra extremamente necessária foi a de recuperação do pontilhão que passa sobre o córrego do Violão, na Vila Medeiros, Zona Norte, e a contenção das suas margens, no trecho entre as Avenidas Manuel Antônio Gonçalves, altura do nº 786, e Franz Liszt, e que beneficiou mais de 129 mil moradores.

“A canalização desse córrego melhorou tudo para os moradores, porque estava tudo caindo aos pedaços. Ficou tudo ótimo. Enchia de água quando chovia, até na favela transbordava. Melhorou tudo, está tudo diferente. Perdi móveis várias vezes”, conta a diarista Maria Aparecida Santos, 51 anos.

Os moradores lembram que o córrego transbordava e a água invadia ruas e casas. Além dos prejuízos que causava, os moradores tinham de conviver com o lixo que descia da parte mais alta e o mau-cheiro que ficava quando a água baixava.

A operadora de máquina Flávia Maria da Silva, 28 anos, que vive na mesma casa desde que nasceu, com os pais e irmã, disse que a família perdeu móveis várias vezes. “Depois da canalização, a nossa vida mudou 100%. Tinha muita enchente por causa do lixo, da sujeira. Descia tudo de lá de cima e vinha levando casa embora. Agora, está tudo organizado. Essa obra está 100% aprovada.”

Na Zona Leste, outra importante intervenção da Prefeitura para eliminar os riscos foi a contenção das margens do Córrego Itaquera Mirim, próximo às ruas Marinho Arcanjo dos Santos e Baía de Japerica, em Guaianases. A área era considerada como R4 pela Defesa Civil, e foi vistoriada em setembro de 2021 pelos técnicos da SIURB, que constataram a situação de risco iminente aos moradores e motoristas que passavam pelo local. A secretaria executou a recomposição e contenção das margens do córrego por meio do método conhecido como “muro de gabião”, quando são utilizadas telas de aço galvanizado preenchidas com rochas. Entre as camadas do muro, também foi utilizado concreto armado, o que aumenta a resistência das margens. Todo entorno do trecho que passou por obras recebeu plantio de grama, novo pavimento, passeio em concreto, novas guias e sarjetas.

Na Zona Sul, na Subprefeitura Campo Limpo, o Córrego do Engenho apresentava avançado processo erosivo em suas margens, ocasionado pelo grande volume de chuvas no decorrer do último ano, que além de provocar o solapamento da via, colocava em risco os imóveis do entorno. Para impedir o agravamento da situação, a Prefeitura implantou o novo sistema de drenagem para aumentar e acelerar a vazão das águas. Atualmente, os moradores, pedestres, bem como os motoristas, podem trafegar pela área com segurança.

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  • Data: 11/03/2024 11:03
  • Alterado:11/03/2024 11:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Prefeitura de São Paulo









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