SP investe R$ 36 milhões em parques estaduais com ações de preservação
Proteção à fauna silvestre inclui novas passagens de fauna e instalação de radares
- Data: 09/06/2023 13:06
- Alterado: 09/06/2023 13:06
- Autor: Redação
- Fonte: Governo do Estado de São Paulo
Crédito:Governo do Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo abriga uma grande biodiversidade em mais de 700 mil hectares, divididos em 30 unidades de conservação. Não é por acaso que o Plano Estadual do Meio Ambiente, lançado na última segunda-feira (5), possui um dos seus seis eixos estruturantes focado nos Parques Estaduais, que desempenham um papel fundamental na conservação do estoque potencial de carbono, valorizando a floresta em pé. Ao todo, serão investidos R$ 36,9 milhões em diversas iniciativas até 2026.
As iniciativas deste eixo são divididas em três ações. Na primeira, o foco é a manutenção e revitalização, por meio de obras e instalação de novos equipamentos, visando melhorar o atendimento em cinco unidades de conservação: Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, Parque Estadual Ilha Anchieta (aberto à visitação desde abril), Centro Cultural Indigenista, Casa Indígena PE Xixova e Ilha das Couves.
“As unidades de conservação desempenham um papel crucial na proteção da biodiversidade e na preservação dos recursos naturais. É fundamental investirmos nessas áreas para garantirmos a manutenção dos ecossistemas e o equilíbrio ambiental como forma de assegurar a sustentabilidade ambiental para as gerações presentes e futuras”, reforça a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.
Parques urbanos
Em relação aos parques urbanos, serão realizadas obras de revitalização de calçadas, instalação de gradil em locais que foram danificados ou roubados, manutenção de quadras, entre outras. Tudo isso para trazer conforto e segurança para a população nas atividades de lazer e esporte. Há investimento, também, em cidadania ambiental relativa aos parques, que receberão mais estudantes para processos de imersão e vivências de campo.
O eixo prevê, também, a qualificação de unidades no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI/SP), para estudos de concessão ou permissão de uso. Entre eles estão o Parque Ecológico do Tietê (quatro núcleos), Parque Estadual da Juventude, Parque Estadual do Belém e Parque Jequitibá.
Fauna silvestre
As iniciativas não param por aí. Investimentos em proteção à fauna silvestre também estão incluídas neste eixo. O Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio, é o habitat da maior população de onças-pintadas em liberdade no Estado. Entrarão em operação quatro novos radares de velocidade, além dos dois já existentes, ao longo da Rodovia Arlindo Bettio (SP-613), via que corta o parque, e serão construídas três passagens de fauna. Também serão implantados 30 quilômetros de cercas de segurança ao longo da via e outros 10 quilômetros na Estação Ecológica Mico-Leão-Preto.
“Queremos conectar os ambientes com segurança para a fauna em geral. Para isso, estamos prevendo, em conjunto com o DER, a revitalização de 114 pontos de passagem de fauna no Estado inteiro”, completa Natália Resende.
Povos originários
Além disso, o eixo ainda trará as Comunidades Tradicionais e Povos Originários para o debate e preservação local por meio do programa Guardiões da Floresta. Formado por um comitê de 20 lideranças indígenas do Vale do Ribeira, litoral sul, litoral norte e interior, o projeto irá remunerar povos originários por meio do Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), pela prestação de serviços para a conservação da biodiversidade. A ação beneficiará diretamente 134 famílias, proporcionando emprego e renda, além de desenvolver o ecoturismo sustentável.
Plano Estadual de Meio Ambiente
Na última segunda-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, o governo de São Paulo apresentou o novo Plano Estadual de Meio Ambiente, que prevê investimentos de R$ 2,13 bilhões, entre recursos públicos e privados. A iniciativa prevê 21 ações em seis eixos: Biodiversidade; Bioeconomia e Finanças Verdes; Parques Estaduais; Educação e Conscientização Ambiental; Fortalecimento institucional; e Resiliência e Adaptação Climática.